A morte e a morte. Diante dos fenômenos cotidianos de como se morre é difícil buscar uma forma adequada de emoção diante do morrer. O doente está numa UTI, resguardado pelas inúmeras máquinas e técnicas hospitalares, no entanto, a tecnologia isso não arranca nossa angustia e desesperação diante dos entes queridos que partem. Aceitamos a civilização moderna, e as suas regras esdrúxulas que limitam a visitação ao doente... Todavia, ficamos angustiados e desejando participar, e estar cotidianamente ao seu lado. Nos informam que não podemos, e isso causa ainda mais angústia. Depois nos informam que morreu. Mas a morte, que primeiro nos habita o imaginário, nada tem de imaginação, é real. O corpo do morto pesa, nós o tocamos e constatamos a ausência de vida. O Olhar não contém mais nada da pessoa que conhecemos. As várias possibilidades musculares que antes o ajudavam a demonstrar que se tratava de uma individualidade, desaparecem. E ao olharmos o corpo ele é apenas isso
Blog do Escritor, historiador e prof.Dr. em Multimeios Luiz Vadico. Destina-se à publicação de contos, poesias e assuntos diversos. O autor dedica-se atualmente a uma série de contos natalinos e a um romance.