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Deus IV - A abstração da abstração, o indizível fundamentado na palavra.

  A mecânica da experiência mística Ás vezes não sei por que preciso escrever algo, mas sigo a intuição que vai construindo caminhos inesperados e alcançando as pessoas que podem precisar de uma ponte. No último texto falamos sobre o real e a realidade, e a sua constituição. E alertamos para o fato de que o humano sem o humano não se humaniza. E apesar da concretude material das minhas afirmações anteriores, desta vez iremos por um caminho minimamente necessário, a formação da mente, ou consciência como também podemos chamar. Refletiremos - por aproximação - sobre a construção básica do indivíduo; e iremos das relações fundamentais de sobrevivência do corpo até chegarmos à abstração, e à suprema abstração, Deus; numa relação mediada pela imaginação . Vamos à viagem! O cérebro faz de tudo para sobreviver, por isso manipula os outros cérebros e estende seus tentáculos no mundo externo.  Anteriormente havíamos falado que o bebê é expulso da mãe e rasteja em busca de alimento; falamos

Deus - I O Devorador

  Deus me seduzindo            Esse não é um texto para relembrar o passado, mas uma tentativa de descrever o que não pode ser descrito.  Vou meter-me a falar do que não sei. Talvez seja exatamente assim, conhecemos muito e desconhecemos muito mais aquilo que realmente é importante. É como mãe, amamos muito mas às vezes nos damos conta do quão pouco a conhecemos. Entretanto, Deus, como o conheço, foi definido magistralmente pelo poeta indiano Rabindranath Tagore: “Sou um poeta e meu Deus só pode ser um Deus de poetas”. Então, só quem vive profundamente o ser poeta consegue traduzir em si o que isto significa.             Por aproximação tentarei dizer um pouco sobre isso. Uma definição destas não aparece em nosso coração na infância ou na puberdade, surge apenas quando ocorre um amadurecimento íntimo, que não tem idade para ocorrer. Podemos ter uma epifania em algum momento, mas ela só se consolida ao longo do tempo através de outros momentos assim. É como um “dejavu” não tem importâ