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Entretanto...

"Toda luz é meio bruxuleante diante da escuridão.." Thiago acendeu uma vela de Natal e a colocou sobre a pequena mesa. Olhou à sua volta e não conseguia acreditar no que restara depois de tudo, uma quitinete. Não me via, pois tudo estava imerso em trevas, e com elas me confundo. Perguntava-se, imerso em desânimo “Foi para isto que vim pra cidade grande?!” Décadas de luta, sonhando em vencer numa carreira e tentando realizar o que aprendera desde cedo, construir um lar. Senão um lar, uma casa. E ter uma casa não era como ter um carro. Um carro significava poder e satisfação. Mas a casa era a suprema vitória, na qual haveria o repouso do leão. Agora quase seis décadas o batiam, desde a juventude empreendera uma feroz luta pela sobrevivência. Apoio da família tivera e não tivera, aquela coisa inconstante. Para suprir essa falta acreditou fortemente em Deus. Pois, criado como um subalterno não poderia acreditar em si. E estranhamente, acreditou nas pessoas. Essa a coisa mais tola

E se Maria Madalena não for o que pensam?

           Sim, às vezes gosto de adicionar água à fervura. No século XX, e tão somente nele, a literatura e o cinema resolveram desdobrar (ampliar ficticiamente) o papel de uma personagem evangélica que - exceção feita ao momento da Ressurreição -, mal foi citada nos textos, Maria Madalena. E quando citada o foi igualmente a outras mulheres. Em torno dos anos 80, quando li com cuidado as referências a ela nos textos canônicos (Marcos, Mateus, Lucas e João) -, preocupava-me que no cotidiano a tínhamos como prostituta. Entretanto, eu já observava, nada aparecia ali que pudesse fazer com que se tirasse essa conclusão. Era um engano ou um engodo. Anos se passaram até que veio à público a informação da fusão desta personagem com outra, a da mulher adultera, por um Papa no século VI (Gregório Magno, em 593). Ele não o fez por maldade como dizem atualmente, as prostitutas romanas precisavam de uma santa padroeira, e na falta de uma que tenha tido essa profissão ele reinterpretou Maria Ma