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Mostrando postagens de maio, 2023

É preciso cuidar dos homens

               Espero não causar nenhuma polêmica, pois esta questão para mim está imersa em grande racionalidade. A mídia nos últimos anos (deve ser a Globo) tem dado ênfase na violência contra mulher, seja em relação ao feminicídio seja em relação ao assédio e violência sexual. Tem sido muito importante os avanços ocorridos nesta área. Talvez um dos passos mais importantes tenha sido a criação da Lei Maria da Penha (e o esforço pela sua aplicação) e também o estabelecimento da Delegacia das Mulheres. Os números de telefones e aplicativos de celular destinados à denúncia da violência doméstica se multiplicam. E isso é bom. Sou favorável a que todos vivam.             Como todos sabem tenho sido gay desde sempre. Então eu também tenho medo de sair às ruas e sofrer violências (principalmente as com requinte de crueldades que são as que mais atingem gays). Muitas vezes na vida senti-me como as mulheres, assustado ao passar junto aos “famigerados homens heterossexuais” (gostam de anda

E se Maria Madalena não for o que pensam?

           Sim, às vezes gosto de adicionar água à fervura. No século XX, e tão somente nele, a literatura e o cinema resolveram desdobrar (ampliar ficticiamente) o papel de uma personagem evangélica que - exceção feita ao momento da Ressurreição -, mal foi citada nos textos, Maria Madalena. E quando citada o foi igualmente a outras mulheres. Em torno dos anos 80, quando li com cuidado as referências a ela nos textos canônicos (Marcos, Mateus, Lucas e João) -, preocupava-me que no cotidiano a tínhamos como prostituta. Entretanto, eu já observava, nada aparecia ali que pudesse fazer com que se tirasse essa conclusão. Era um engano ou um engodo. Anos se passaram até que veio à público a informação da fusão desta personagem com outra, a da mulher adultera, por um Papa no século VI (Gregório Magno, em 593). Ele não o fez por maldade como dizem atualmente, as prostitutas romanas precisavam de uma santa padroeira, e na falta de uma que tenha tido essa profissão ele reinterpretou Maria Ma

Para ter um melhor Dia das Mães

            Dia das mães chegando. Sempre achei esta uma das datas mais felizes. No que me diz respeito parecia aquela com menos pressões sociais. Afinal, damos um abraço forte e gostoso em quem amamos e isso é a própria expressão de felicidade. Entretanto, para algumas mulheres essa data também pode ser um pouco triste, pois relembra o fato de que não puderam ser mães, ou tiveram que fazer a dura escolha, abortar um ou dois, para que os que tinham nascido pudessem viver com uma mínima dignidade. Sim, hoje vou falar com você que chora em segredo.       Pedro WEINGARTNER, A fazedora de anjos (tríptico), óleo sobre tela, Brasil, 1908. (detalhe)        Nossa sociedade sempre colocou uma excessiva carga nos ombros das mulheres. Talvez a maternidade seja ao mesmo tempo uma bênção e também uma espécie de cruz que elas carregam. À mulher não se permite aliviar dos ombros essa carga. Se ela o faz, precisa carregar este ato em segredo pelo resto da vida, pois até mesmo sua melhor amiga irá re

Aquelas pessoas da sala de jantar...

          (...)                   Enquanto isso, numa fazendola há muito esquecida por Deus, um grande grupo de ovelhas brancas cantava em coro:                “Levava uma vida sossegada...Foi quando meu pai me disse: filha, você é a ovelha negra da famíliaaaa”                     Um pastor que as ouvia aturdido, sem nada compreender, perguntou para o outro pastor que também ali estava: “Por que elas cantam tristes assim?! Elas nem são negras...”                - Morreu Rita Lee! - respondeu secamente o outro.                O pastor ficou um pouco em silêncio, enquanto o coro aumentava, ele saiu dali cantarolando baixinho:                   “O doce vampirooooo... ow ow ow a luz do luar, Ahhhh me acostumei com você! Sempre reclamaaaaando da vidaaaaa! Me ferindo me sugando, a feridaaaa, mas nada disso importaaaa r ara vou abrir a porta pra você entrar...”                     E, “para não ficar por baixo, resolvi botar as asas pra fora...” pensou o outro, saiu de fininho canta

Qual o sentido da vida?

                   Em plena sexta-feira de manhã acordo com vontade de escrever sobre aquilo que para alguns não tem solução, ou é mesmo um tema que já está resolvido: Qual o sentido da vida? Tem pessoas, devido à sua simplicidade, para quem isso nunca foi uma questão. Eu mesmo só fui prestar atenção nisto quando estava na faculdade de História. Afinal, o que historiador mais faz é pensar em coisas semelhantes a esta. Mas vamos lá! O que é “sentido”? Sentido, neste caso, é direção. Da mesma forma quando você dirige um carro e ele vai num sentido, e outros carros vem em outro sentido; e às vezes você também tem de mudar de sentido quando faz uma curva ou quando entra a esquerda ou à direita. Sentido é direção. Então quando falamos em sentido da vida, estamos pensando sobre qual a direção que a vida deve tomar, onde se quer chegar com ela. A outra acepção para sentido seria significado. O que a vida significa, o que significa estar vivo. Por que estamos vivos, vivendo e o que fazemos c