Gosto da distinção entre autor e narrador. A pessoa que escreve não é o narrador, o escritor alinhava um conjunto de técnicas e estabelece a narração e o narrador. A pessoa do escritor não é o narrador. Quanto mais tempo fico na internet e nas redes sociais, mais concordo com esta definição. Vejo narradores todos os dias. Mesmo aqueles que não têm consciência deste processo estabelecem narradores, e por sua vez personagens. Muitos de nós entramos numa rede social, ávidos por pessoas e encontramos narradores. Narradores de si. Construindo personagens, ilustrando-as, glamurizando-as ou se detratando em público. Seres discursivos, um texto, um discurso para cada ocasião. E, como escritor, confesso que nunca vi tanta gente àvida por leitores. E os discursos se constroem com partes do cotidiano, ou melhor, da interpretação do cotidiano, e há aqueles que introduzem neles o merchandising, se localizam nos lugares, fotografam os pratos, os parques, os papos... Em meu cotidia
Blog do Escritor, historiador e prof.Dr. em Multimeios Luiz Vadico. Destina-se à publicação de contos, poesias e assuntos diversos. O autor dedica-se atualmente a uma série de contos natalinos e a um romance.