Tirar fotografias de si mesmo
Olhar-se continuamente no espelho...
Espantar-se ao descobrir continuamente,
Ser mais alto do que os que eu julgava altos
Ser mais magro do que eu acho que sou
Ser mais gordo do que eu me sinto...
Ser mais belo do que me vejo
Ser mais feio do que realmente sou...
Achar-se menor que o menor
E sentir-se maior do que os grandes...
Dizer o que não se diz...
Negar-se continuamente a dar as respostas certas
Conhecendo-as...
Querer amor e não dar
Amar profundamente as pessoas
E querê-las distantes...
Atirar-se ao mundo e retrair-se
Fechar-se e abrir-se
Isolar-se em meio à multidão
E em meio à sala de estar...
Procurar-se no Google...
Dizer-me continuamente como eu sou
Dizendo uma coisa diferente a cada vez...
Recolher desesperadamente as referências
que as pessoas me dão sobre mim...
Buscar saber por estes vestígios, quem sou eu...
Os outros me dizem, mas cada um diz uma coisa,
E todos sabem tão pouco...
Viver costurando esta colcha de retalhos,
Sabendo que ela nunca estará pronta...
Meu ego brinca de esconde-esconde comigo...
Quando penso que o alcancei
ele se emaranhou entre tantos outros...
Como eu posso amar uma pessoa que continuamente foge
E transforma-se em outra?
E ao mesmo tempo é a mesma pessoa, pois sempre escapole...
A constância na inconstância é da minha natureza?!
Como me amar se me afirmo pela negação?!
E como não me amar sentindo-me tão rico?!
Ter de pensar muito quando me apresento para alguém...
Afinal, quem sou eu?
Serei outro amanhã, isso se demorar até amanhã.
Estacionar num solido vazio e nele se debater...
Ter o peito cheio de amor
E as mãos vazias de ofertas...ou cheias em excesso
Entre tantas personalidades fugidias, esguias, faceiras e deprimentes:
“O verdadeiro Luiz Antonio Vadico, apresente-se, por favor!!!”
A frase pode ser repetida ao infinito
Ou ele é surdo, ou não se reconhece a si mesmo...
Ele se perdeu? Será que algum dia existiu?
Não há amanhecer nesta longa noite de mim mesmo...
Tateio-me no escuro, mas nenhuma imagem se forma...
Sem ser negada, somada ou trocada em seguida...
Sou um outro que não sou eu...o tempo todo.
Sinto que me sento e assisto ao espetáculo de mim,
Às vezes aplaudindo, às vezes vaiando,
Mas sempre interrompendo a apresentação,
Pois a performance nunca termina...
É desesperador ser como sou...
É maravilhoso ser como sou...
Sou não sendo,
Sou eu não sendo a mim.
Entenda quem puder...
Eu sou suspeito, pois falo de mim,
E não tenho testemunhas.
O certo é que eu sou gerúndio...
Olhar-se continuamente no espelho...
Espantar-se ao descobrir continuamente,
Ser mais alto do que os que eu julgava altos
Ser mais magro do que eu acho que sou
Ser mais gordo do que eu me sinto...
Ser mais belo do que me vejo
Ser mais feio do que realmente sou...
Achar-se menor que o menor
E sentir-se maior do que os grandes...
Dizer o que não se diz...
Negar-se continuamente a dar as respostas certas
Conhecendo-as...
Querer amor e não dar
Amar profundamente as pessoas
E querê-las distantes...
Atirar-se ao mundo e retrair-se
Fechar-se e abrir-se
Isolar-se em meio à multidão
E em meio à sala de estar...
Procurar-se no Google...
Dizer-me continuamente como eu sou
Dizendo uma coisa diferente a cada vez...
Recolher desesperadamente as referências
que as pessoas me dão sobre mim...
Buscar saber por estes vestígios, quem sou eu...
Os outros me dizem, mas cada um diz uma coisa,
E todos sabem tão pouco...
Viver costurando esta colcha de retalhos,
Sabendo que ela nunca estará pronta...
Meu ego brinca de esconde-esconde comigo...
Quando penso que o alcancei
ele se emaranhou entre tantos outros...
Como eu posso amar uma pessoa que continuamente foge
E transforma-se em outra?
E ao mesmo tempo é a mesma pessoa, pois sempre escapole...
A constância na inconstância é da minha natureza?!
Como me amar se me afirmo pela negação?!
E como não me amar sentindo-me tão rico?!
Ter de pensar muito quando me apresento para alguém...
Afinal, quem sou eu?
Serei outro amanhã, isso se demorar até amanhã.
Estacionar num solido vazio e nele se debater...
Ter o peito cheio de amor
E as mãos vazias de ofertas...ou cheias em excesso
Entre tantas personalidades fugidias, esguias, faceiras e deprimentes:
“O verdadeiro Luiz Antonio Vadico, apresente-se, por favor!!!”
A frase pode ser repetida ao infinito
Ou ele é surdo, ou não se reconhece a si mesmo...
Ele se perdeu? Será que algum dia existiu?
Não há amanhecer nesta longa noite de mim mesmo...
Tateio-me no escuro, mas nenhuma imagem se forma...
Sem ser negada, somada ou trocada em seguida...
Sou um outro que não sou eu...o tempo todo.
Sinto que me sento e assisto ao espetáculo de mim,
Às vezes aplaudindo, às vezes vaiando,
Mas sempre interrompendo a apresentação,
Pois a performance nunca termina...
É desesperador ser como sou...
É maravilhoso ser como sou...
Sou não sendo,
Sou eu não sendo a mim.
Entenda quem puder...
Eu sou suspeito, pois falo de mim,
E não tenho testemunhas.
O certo é que eu sou gerúndio...
Comentários
Sinceramente, eu vivo.
Quem sou?
Bem, isso já é demais...."
É bem dificil buscar a si mesmo!!
Pode me odiar, mas que eu vou dar uma de livro de auto-ajuda, eu vou... não resisto. hahaha
Começa pelo começo - um passo de cada vez - não tenha medo, se jogue bem devagar - mesmo que seja impossível se jogar devagar - não julgue, aceite, respeite os limites dos outros (e os seus) tenha paciência, seja generoso com os outros (e com você), permita-se.
Lembre-se, somos todos falíveis... alguns bem mais que outros, é bem verdade, mas não existe a perfeição.
Alguém disse "viver é uma arte!" e é mesmo, cada um pinta ou escreve a sua vida como pode, mas só os sábios, a escrevem como querem.
Alguém também já disse que viver é pra profissional, na vida não cabe amadorismo - Puxa! Legal! Legal!
Eu estou tentando me profissionalizar... fácil? Necas!
... mas como acho que tenho capacidade pra ser um profissional da vida - vou tentando. :)
Convido a todos a fazer o mesmo.
Um abraço,
Sérgio
P.S. Não procure a mediocridade dos outros, pois com certeza você vai achá-la... e se achar, ria COM elas - mas esse não sou eu!?! O que posso dizer? PROFISSIONALIZE-SE!
Não entenda mal, não estou dizendo que você não sabe viver, estou me baseando pelo texto e nele, o que eu sinto é uma pessoa em conflito constante - todos temos os nossos conflitos e todo mundo fica de saco cheio de todo mundo as vezes, é normal.
RESPEITO, acho que é a palavra chave pra muita coisa! Toda forma de respeito, inclusive ao espaço do outro, o momento do outro...
Vadico, se não quiser aceitar o meu comentário, fique a vontade pra deletá-lo, ok!? Não vou achar ruim, de forma alguma! Sei que as vezes 'extrapolo'. :)
Se cuida!
[..., então que o mundo te conheça ainda melhor.]
hehe... me conhecer, sem saber quem sou é fácil, difícil é você mostrando o rosto! RECONHEÇO!
... só uma correçãozinha, se é que você me permite - eu não MANDEI, não - sugeri. :-) (AS PALAVRAS TEM FORÇA)
Um abraço e uma ótima semana,
Só acho que viver é uma tarefa muito difícil de ser realizada, ainda mais se ficarmos passando tempo buscando quem se é...acho que isso é uma coisa natural que vem com o tempo, que é revelada por seus gostos, gestos e humores!
Relaxa o mundo vai jogar na sua cara quem você é, se estarão corretos, não sei! Só sei que em determinado momento a gente sente quem é!