Ontem me deleitei com uma saborosíssima reportagem da Rede Globo. Versava sobre a Gripe Suína, H1N1; seriedade do assunto à parte, sempre me chama atenção a ostensividade da mídia no Brasil. Lembro-me bastante bem do caso Isabela, com a eterna desculpa de desejarem informar, a TV brasileira nos bombardeou diuturnamente com as notícias mais importantes e menos importantes do caso. Eu, já sabendo o que a repetição insistente de um mesmo tema faz, já aguardava as conseqüências, pouco mais de um mês, mais duas ou três crianças foram jogadas de edifícios, desta vez sem o mesmo sucesso.
Numa reportagem que foi colocada ao ar na parte da tarde, depois de semanas de incessantemente perturbarem a pobre da Isabela, alguém da Rede Globo resolveu fazer uma matéria numa creche, pois, pasmem, as crianças estavam assustadas. Pois, acreditem se quiser – não se sabe por que razão – uma parte delas começou a ficar insegura e com medo de que seus pais lhes dessem o mesmo fim. Mais de um mês depois, alguém se lembrou que havia crianças assistindo todo aquele espetáculo, e claro, prejuízos emocionais haviam ocorrido. Depois disso, o assunto morreu.
No caso da Gripe Suína, que apelidei carinhosamente de a Gripe do Porquinho, afinal, já estamos ficando íntimos, não estão ocorrendo tantos exageros, mas uma matéria muito saborosa foi levada ao ar. Tendo em vista a chegada das matrizes do vírus ao Instituto Butantan, e que este se prepara para produzir a vacina, os ilustres repórteres perceberam que essa notícia não rendia muito tempo televisivo, e claro, as pessoas estão muito interessadas em detalhes, bem... lá foram eles criarem os detalhes. Para espanto dos avisados repórteres, o Instituto Butantan inicia o processo de fabricação da vacina a partir de ovos. Até aí, a noticia não rendia muito.
Aí, alguém teve a idéia de verificar de onde vinham os ovos. Bem, claro, leitor, da galinha. Se bem que temos outras aves que põe ovos e alguns répteis também, mas estes últimos não são muito cooperativos como se sabe. E acho que se precisássemos de ovos de cobra iríamos acabar precisando de mais soro antiofídico, só para o caso das coisas enrolarem hehehehe. A equipe de reportagem abalou-se até a cidade de Brotas, no interior de São Paulo, famosa por suas cachoeiras, paragens paradisíacas, areias cantantes, e agora, por sua granja espacial.
Qual não foi a surpresa da equipe ao chegar ao local e ser barrada na granja?! Já ouvi de tudo, barrados no baile vá lá, mas barrados na granja?! Neste ponto a reportagem começou a me interessar. Bem, não podiam entrar no local, na granja espacial, ou seria especial? Em razão de possíveis contaminações que poderiam ocorrer. Aplaudi! Eu, acho que o dono da granja não deixou entrar tendo medo de que tentassem entrevistar uma galinha! Já imagino a pobre da penosa, depois de uns poucos póóóco-po-póóócos, sendo interrompida antes de terminar a frase, toda envaidecida por aparecer na Globo. E, já sabem, nada pior do que uma galinha com mania de artista! O dono da granja foi sábio.
Mas a reportagem não poderia deixar de ser realizada e, pasmem, conseguiram uma granja similar... Coisa estranha, né?! Se não podiam entrar em uma, como é que entraram em outra? Bem... entraram. Lá, a valente repórter descobriu que a granja é climatizada, e que para a produção de vacinas os ovos necessitam ser “galados”, tudo ia bem até a repórter resolver explicar o que é galado, são “ovos germinados” e claro, para isso aquele local era diferenciado, pois pasmem, havia galos no local. Mas não somente isso, as galinhas são todas criadas fora de gaiolas, para não ficarem estressadas... afinal, estão nas cloacas delas a chance de salvar o Brasil... Bem, com as últimas alternativas que temos visto no Senado, não é de se espantar que dependemos das cloacas de honestas galinhas, honestas porém vaidosas – não esqueçamos estes riscos.
Mas, aquilo que conhecemos por ouvir falar, ou por sermos, testemunhas como é o meu caso, um galo sozinho dá conta de um monte de galinhas, às vezes um se vira com quase umas quarenta, isso quando ainda não bate no galinho novo que tenta crescer pra se multiplicar. Mas, lá, nessa granja espacial, além de tudo ser desinfetado, desbacterizado, refrigerado, as “meninas” contam com um incentivo especial, um Galo para cada dez galinhas!! Isso para terem certeza de que os ovos serão necessariamente “galados”.
Bem, eu fiquei aqui imaginando. Que coisa fantástica!!! Existe algo de bom na Gripe do Porquinho, ela fez a felicidade geral dos galos astronautas da nação! Porra mêuu!! Um monte de galo cuidando de poucas galinhas, com ar condicionado, banho anti-bactericída, mó orgia penácea!! E com a vantagem de aparecer na Globo, coisa que, sem penas nunca consegui hehehehe – hei de providenciar algumas! Falta saber se as galinhas começaram dar uma de difíceis depois de aparecerem na TV! Bem...quem diria que a Gripe do Porquinho iria beneficiar a vida sexual dos galos. A moçada tá até se sentindo importante!
Em tempos de cotas raciais, sociais e de fumantes, me dei conta que todas eram branquinhas, e senti um certo preconceito... Afinal, não havia nem galos e nem galinhas de cores diferentes, isso sem falar das galinhas caipiras... Uma injustiça! Fico com medo da próxima reportagem: Galinhas pretas são destinadas apenas à macumba...
Bem, depois destes ovos fazerem a alegria dos galos - ninguém se preocupe com a promiscuidade, as galinhas não são cristãs, fiquei sabendo que se dedicam à prostituição sagrada, coisa de uma deusa antiga, uma tal de Ishtar -, eles são levadas ao Instituto Butantan, onde é inoculado a matriz do vírus. Depois de infectados, os “germens” – nada de bebês pintinhos – absorvem o vírus e o reelaboram, e depois os “germens” ao colocarem suas secreções para fora, leia-se “xixi”, o reabsorvem novamente, e mijam de novo e de novo. Depois os cientistas vão lá, colhem o “xixi do pintinho” e começam a fazer a vacina. O que acontecem com os ovos depois? Ah... são descartados! Hummmm Péraeeeeee!! Já diz o leitor me entendendo. Quer dizer que ocorre aborto?! Há um pinticídio em massa ocorrendo neste momento! Onde estão as entidades de proteção aos direitos dos animais?! Agora que a saúde deles está em jogo, pode abortar pintinho, né?! E as igrejas que são contra o aborto?!
Aqui vão os meus protestos, por que só os galos e galinhas, que nem impostos pagam, têm direito a Motel com ar condicionado, viverem livres, limpinhos e cheirosos, fazerem “amor” a vontade, aparecerem na Globo, e ainda não precisam se responsabilizar pelos resultados?! Bem, dos males o menor, foi uma reportagem só. Afinal, tendo em vista o fenômeno da repetição de informações alterarem comportamentos, poderíamos correr o risco de todas as galinhas quererem essa regalia!
No mais leitor, choca-me o fato de que atualmente confio mais na cloaca das galinhas e de seu apetite insaciável por sexo, do que no Senado brasileiro. Se bem que por lá também deve haver “pintinho”, pena que não serviram pra fazer vacina e nem foram abortados. Salve o Galo brasileiro!! Viva o galinheiro!! Ops...acho que exagerei no fim hehehehe.
Numa reportagem que foi colocada ao ar na parte da tarde, depois de semanas de incessantemente perturbarem a pobre da Isabela, alguém da Rede Globo resolveu fazer uma matéria numa creche, pois, pasmem, as crianças estavam assustadas. Pois, acreditem se quiser – não se sabe por que razão – uma parte delas começou a ficar insegura e com medo de que seus pais lhes dessem o mesmo fim. Mais de um mês depois, alguém se lembrou que havia crianças assistindo todo aquele espetáculo, e claro, prejuízos emocionais haviam ocorrido. Depois disso, o assunto morreu.
No caso da Gripe Suína, que apelidei carinhosamente de a Gripe do Porquinho, afinal, já estamos ficando íntimos, não estão ocorrendo tantos exageros, mas uma matéria muito saborosa foi levada ao ar. Tendo em vista a chegada das matrizes do vírus ao Instituto Butantan, e que este se prepara para produzir a vacina, os ilustres repórteres perceberam que essa notícia não rendia muito tempo televisivo, e claro, as pessoas estão muito interessadas em detalhes, bem... lá foram eles criarem os detalhes. Para espanto dos avisados repórteres, o Instituto Butantan inicia o processo de fabricação da vacina a partir de ovos. Até aí, a noticia não rendia muito.
Aí, alguém teve a idéia de verificar de onde vinham os ovos. Bem, claro, leitor, da galinha. Se bem que temos outras aves que põe ovos e alguns répteis também, mas estes últimos não são muito cooperativos como se sabe. E acho que se precisássemos de ovos de cobra iríamos acabar precisando de mais soro antiofídico, só para o caso das coisas enrolarem hehehehe. A equipe de reportagem abalou-se até a cidade de Brotas, no interior de São Paulo, famosa por suas cachoeiras, paragens paradisíacas, areias cantantes, e agora, por sua granja espacial.
Qual não foi a surpresa da equipe ao chegar ao local e ser barrada na granja?! Já ouvi de tudo, barrados no baile vá lá, mas barrados na granja?! Neste ponto a reportagem começou a me interessar. Bem, não podiam entrar no local, na granja espacial, ou seria especial? Em razão de possíveis contaminações que poderiam ocorrer. Aplaudi! Eu, acho que o dono da granja não deixou entrar tendo medo de que tentassem entrevistar uma galinha! Já imagino a pobre da penosa, depois de uns poucos póóóco-po-póóócos, sendo interrompida antes de terminar a frase, toda envaidecida por aparecer na Globo. E, já sabem, nada pior do que uma galinha com mania de artista! O dono da granja foi sábio.
Mas a reportagem não poderia deixar de ser realizada e, pasmem, conseguiram uma granja similar... Coisa estranha, né?! Se não podiam entrar em uma, como é que entraram em outra? Bem... entraram. Lá, a valente repórter descobriu que a granja é climatizada, e que para a produção de vacinas os ovos necessitam ser “galados”, tudo ia bem até a repórter resolver explicar o que é galado, são “ovos germinados” e claro, para isso aquele local era diferenciado, pois pasmem, havia galos no local. Mas não somente isso, as galinhas são todas criadas fora de gaiolas, para não ficarem estressadas... afinal, estão nas cloacas delas a chance de salvar o Brasil... Bem, com as últimas alternativas que temos visto no Senado, não é de se espantar que dependemos das cloacas de honestas galinhas, honestas porém vaidosas – não esqueçamos estes riscos.
Mas, aquilo que conhecemos por ouvir falar, ou por sermos, testemunhas como é o meu caso, um galo sozinho dá conta de um monte de galinhas, às vezes um se vira com quase umas quarenta, isso quando ainda não bate no galinho novo que tenta crescer pra se multiplicar. Mas, lá, nessa granja espacial, além de tudo ser desinfetado, desbacterizado, refrigerado, as “meninas” contam com um incentivo especial, um Galo para cada dez galinhas!! Isso para terem certeza de que os ovos serão necessariamente “galados”.
Bem, eu fiquei aqui imaginando. Que coisa fantástica!!! Existe algo de bom na Gripe do Porquinho, ela fez a felicidade geral dos galos astronautas da nação! Porra mêuu!! Um monte de galo cuidando de poucas galinhas, com ar condicionado, banho anti-bactericída, mó orgia penácea!! E com a vantagem de aparecer na Globo, coisa que, sem penas nunca consegui hehehehe – hei de providenciar algumas! Falta saber se as galinhas começaram dar uma de difíceis depois de aparecerem na TV! Bem...quem diria que a Gripe do Porquinho iria beneficiar a vida sexual dos galos. A moçada tá até se sentindo importante!
Em tempos de cotas raciais, sociais e de fumantes, me dei conta que todas eram branquinhas, e senti um certo preconceito... Afinal, não havia nem galos e nem galinhas de cores diferentes, isso sem falar das galinhas caipiras... Uma injustiça! Fico com medo da próxima reportagem: Galinhas pretas são destinadas apenas à macumba...
Bem, depois destes ovos fazerem a alegria dos galos - ninguém se preocupe com a promiscuidade, as galinhas não são cristãs, fiquei sabendo que se dedicam à prostituição sagrada, coisa de uma deusa antiga, uma tal de Ishtar -, eles são levadas ao Instituto Butantan, onde é inoculado a matriz do vírus. Depois de infectados, os “germens” – nada de bebês pintinhos – absorvem o vírus e o reelaboram, e depois os “germens” ao colocarem suas secreções para fora, leia-se “xixi”, o reabsorvem novamente, e mijam de novo e de novo. Depois os cientistas vão lá, colhem o “xixi do pintinho” e começam a fazer a vacina. O que acontecem com os ovos depois? Ah... são descartados! Hummmm Péraeeeeee!! Já diz o leitor me entendendo. Quer dizer que ocorre aborto?! Há um pinticídio em massa ocorrendo neste momento! Onde estão as entidades de proteção aos direitos dos animais?! Agora que a saúde deles está em jogo, pode abortar pintinho, né?! E as igrejas que são contra o aborto?!
Aqui vão os meus protestos, por que só os galos e galinhas, que nem impostos pagam, têm direito a Motel com ar condicionado, viverem livres, limpinhos e cheirosos, fazerem “amor” a vontade, aparecerem na Globo, e ainda não precisam se responsabilizar pelos resultados?! Bem, dos males o menor, foi uma reportagem só. Afinal, tendo em vista o fenômeno da repetição de informações alterarem comportamentos, poderíamos correr o risco de todas as galinhas quererem essa regalia!
No mais leitor, choca-me o fato de que atualmente confio mais na cloaca das galinhas e de seu apetite insaciável por sexo, do que no Senado brasileiro. Se bem que por lá também deve haver “pintinho”, pena que não serviram pra fazer vacina e nem foram abortados. Salve o Galo brasileiro!! Viva o galinheiro!! Ops...acho que exagerei no fim hehehehe.
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