Este ano me sinto compelido a desejar Feliz Natal. E os que me conhecem mais proximamente vão me questionar “mas você não é cristão?!” . Bem... eu poderia responder “Nem Jesus” mas seria tolice. Jesus tinha seu nascimento comemorado em março no inicio do Cristianismo, não me lembro se 18 ou 20... uma data estranha assim. Dizem que ele era de Peixes (então acho que e eu ele não nos daríamos bem, heheheheh). Posteriormente mudaram a comemoração para 25 de Dezembro, dia dedicado ao Sol Invencível, nosso caro amigo o Deus Mitra, cujo grande poder era derrotar as trevas, santificando e renovando a vida. Um Deus de soldados, todos sabiam disso.
Nas reflexões de um não Cristão cabem coisas estranhas, como imaginar, de boa vontade, e se fosse verdade? E se existisse um Filho de Deus e se este filho composto sabe-se lá de quantas galáxias siderais, este amálgama de sonhos de que se compõe o universo continuamente se formando, deformando, reformando, desconstruindo... e se ele olhasse toda a fantástica evolução humana e decidisse que nós merecíamos perdão... Mas, e se ele além de perdoar-nos e ensinar-nos isso, resolvesse vir até aqui nos avisar disso? O que será que o comoveu?! Foi o choro de uma mãe que perdeu seu filho? Um sorriso de criança trocando o primeiro beijo escondido? Um poderoso solitário? O que será que o comoveu? Será que foi o sono do amado, dormindo tranqüilo nos braços da amada? Será que foi uma lavadeira que cantava as cantigas limpando a sujeira sem se lamentar?
Pergunto-me o que faria um Deus compadecer-se. Teria ele surpreendido os desejos insaciáveis dos homens e mulheres que não viram problema nisso? Teria surpreendido o grito aflito de um injustiçado a ser assassinado? Teria se compadecido do assassino? Ou foram aqueles lírios do campo? Aqueles... que uma hora são flores e outra servem apenas para serem queimados...
Se aconteceu ele sentiu uma profunda compaixão de nós. Dizem que nasceu, cresceu, viveu e morreu injustamente – claro, ele andou dizendo por aí que era Rei num Império onde isso era crime. E tudo isso para que nós pudéssemos numa confissão coletiva, aos domingos, dizer “sim, Senhor eu pequei, confesso que tenho pecado por ações e pensamentos”. Tudo para que diante das imensas dificuldades da vida pudéssemos confessarmo-nos frágeis e dizer que sozinhos não iremos além. E ele veio dizer que nos ama de graça. Veio nos informar sobre uma coisa completamente desconhecida uma tal de Misericórdia Divina que serve para nos absolver e perdoar, nos limpar e lavar de todo mal, de toda doença, de toda morte e de toda vida, pois nos ofereceu a vida eterna.
E como ele fez isso? Ah... dizem que foi assim, “Vinde a mim todos vós que estais sobrecarregados que eu vos aliviarei” “O Reino de Deus é como uma mulher que perdendo uma moeda varre a casa toda e quando a encontra chama as amigas e comemora” “ é como uma mulher que escondeu duas medidas de fermento em cinco medidas de farinha e levedou a massa toda...” E como ele agiu? “Senhor, sei que és da parte daquele que pode tudo, se quiseres podes me curar” “Quero!”. Foi assim.
E o que um não cristão acha disso? Bem...se ele existiu, se ele fez tudo isso... só posso dizer que admiro esse homem, não obstante ele ser um Deus. E me pergunto, se um Deus pôde encontrar em nós motivos suficientes para se sacrificar, ou apenas se submeter à nossa própria ignorância e miséria, e se ele continuamente nos ensina a libertarmo-nos de nossos erros e equívocos e seguirmos adiante, fazendo o mesmo por nossos dessemelhantes, bem, este cara não merece uma festa?!
Mas eu diria mais. Se tudo isso for verdade, isso me diz menos de Cristo do que de nós. Se um Deus consegue vir até nós e realizar tudo isso, dobrar-se à nossa necessidade e grandeza, é porque valemos à pena. Acho que isso é o que eu gostaria de fazer no Natal, agradecer a Jesus – e a tudo o que criaram sobre ele – por me ensinar que eu, meus amigos, meus colegas de trabalho, minha família, meus dessemelhantes, que nós somos o que há de mais importante para Deus. Nesta data comemorada de tantas formas estanhas, achei que ninguém iria estranhar a minha reflexão junto a meus amigos.
É Natal, sou feliz por conhecê-los, por compartilhar minha vida com a de todos vocês. Sejam vocês quem forem, pois se Jesus pode ser sideral, nós também podemos. Se ele pode vir traçar um caminho de misericórdia e coragem, nós também podemos. Se ele pôde se inspirar em toda a beleza do que somos, nós também podemos. Feliz Natal de um não cristão, que aprendeu com Jesus que a misericórdia deve nos habitar antes que o outro a peça, que a justiça deve ser feita antes que o mal nos acometa, que a paz reine nem que seja em nossa consciência. É baseado em Jesus Cristo que aprendi a acreditar na humanidade. E é por acreditar infinitamente no prodígio humano que lhes desejo e compartilho da boa vontade de todos os homens, Feliz Natal. Feliz Ano Novo!
Luiz Vadico
Nas reflexões de um não Cristão cabem coisas estranhas, como imaginar, de boa vontade, e se fosse verdade? E se existisse um Filho de Deus e se este filho composto sabe-se lá de quantas galáxias siderais, este amálgama de sonhos de que se compõe o universo continuamente se formando, deformando, reformando, desconstruindo... e se ele olhasse toda a fantástica evolução humana e decidisse que nós merecíamos perdão... Mas, e se ele além de perdoar-nos e ensinar-nos isso, resolvesse vir até aqui nos avisar disso? O que será que o comoveu?! Foi o choro de uma mãe que perdeu seu filho? Um sorriso de criança trocando o primeiro beijo escondido? Um poderoso solitário? O que será que o comoveu? Será que foi o sono do amado, dormindo tranqüilo nos braços da amada? Será que foi uma lavadeira que cantava as cantigas limpando a sujeira sem se lamentar?
Pergunto-me o que faria um Deus compadecer-se. Teria ele surpreendido os desejos insaciáveis dos homens e mulheres que não viram problema nisso? Teria surpreendido o grito aflito de um injustiçado a ser assassinado? Teria se compadecido do assassino? Ou foram aqueles lírios do campo? Aqueles... que uma hora são flores e outra servem apenas para serem queimados...
Se aconteceu ele sentiu uma profunda compaixão de nós. Dizem que nasceu, cresceu, viveu e morreu injustamente – claro, ele andou dizendo por aí que era Rei num Império onde isso era crime. E tudo isso para que nós pudéssemos numa confissão coletiva, aos domingos, dizer “sim, Senhor eu pequei, confesso que tenho pecado por ações e pensamentos”. Tudo para que diante das imensas dificuldades da vida pudéssemos confessarmo-nos frágeis e dizer que sozinhos não iremos além. E ele veio dizer que nos ama de graça. Veio nos informar sobre uma coisa completamente desconhecida uma tal de Misericórdia Divina que serve para nos absolver e perdoar, nos limpar e lavar de todo mal, de toda doença, de toda morte e de toda vida, pois nos ofereceu a vida eterna.
E como ele fez isso? Ah... dizem que foi assim, “Vinde a mim todos vós que estais sobrecarregados que eu vos aliviarei” “O Reino de Deus é como uma mulher que perdendo uma moeda varre a casa toda e quando a encontra chama as amigas e comemora” “ é como uma mulher que escondeu duas medidas de fermento em cinco medidas de farinha e levedou a massa toda...” E como ele agiu? “Senhor, sei que és da parte daquele que pode tudo, se quiseres podes me curar” “Quero!”. Foi assim.
E o que um não cristão acha disso? Bem...se ele existiu, se ele fez tudo isso... só posso dizer que admiro esse homem, não obstante ele ser um Deus. E me pergunto, se um Deus pôde encontrar em nós motivos suficientes para se sacrificar, ou apenas se submeter à nossa própria ignorância e miséria, e se ele continuamente nos ensina a libertarmo-nos de nossos erros e equívocos e seguirmos adiante, fazendo o mesmo por nossos dessemelhantes, bem, este cara não merece uma festa?!
Mas eu diria mais. Se tudo isso for verdade, isso me diz menos de Cristo do que de nós. Se um Deus consegue vir até nós e realizar tudo isso, dobrar-se à nossa necessidade e grandeza, é porque valemos à pena. Acho que isso é o que eu gostaria de fazer no Natal, agradecer a Jesus – e a tudo o que criaram sobre ele – por me ensinar que eu, meus amigos, meus colegas de trabalho, minha família, meus dessemelhantes, que nós somos o que há de mais importante para Deus. Nesta data comemorada de tantas formas estanhas, achei que ninguém iria estranhar a minha reflexão junto a meus amigos.
É Natal, sou feliz por conhecê-los, por compartilhar minha vida com a de todos vocês. Sejam vocês quem forem, pois se Jesus pode ser sideral, nós também podemos. Se ele pode vir traçar um caminho de misericórdia e coragem, nós também podemos. Se ele pôde se inspirar em toda a beleza do que somos, nós também podemos. Feliz Natal de um não cristão, que aprendeu com Jesus que a misericórdia deve nos habitar antes que o outro a peça, que a justiça deve ser feita antes que o mal nos acometa, que a paz reine nem que seja em nossa consciência. É baseado em Jesus Cristo que aprendi a acreditar na humanidade. E é por acreditar infinitamente no prodígio humano que lhes desejo e compartilho da boa vontade de todos os homens, Feliz Natal. Feliz Ano Novo!
Luiz Vadico
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