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Contrato de Namoro

Prometo

Ser o homem dos seus sonhos ... se você sonhar comigo
Te ouvir. com o coração, antes de ouvir qualquer outra pessoa
Concordar contigo se você tiver razão e ... se não tiver, discordar com carinho
Cozinhar, se você comer e ... comer se você cozinhar
Dividir as tarefas domésticas ou... a conta da faxineira
Amar seu cachorro ... se você me amar mais do que a ele
Partilhar meus pensamentos bons e maus, valorizando mais os primeiros
Não ter apenas problemas e coisas chatas para partilhar
Segurar a barra quando você não segurar, se você fizer o mesmo
Segurar sua mão no avião... enquanto você segura a minha
Sempre te fazer companhia no elevador, pra você não se sentir sozinho
Ter o prazer que você puder me dar e ... te dar o prazer que você puder sentir
Sorrir pra te deixar alegre
Chorar pra te lembrar que sou humano
Errar, com o desejo de acertar
Te cobrir em noites frias, enquanto você dorme
Fazer música ... se você ouvir
Escrever poesias, se você se emocionar
Ir a Parque de Diversões, se você sorrir como uma criança
Ser criança ... se me proteger
Ser adulto, quando você não puder ser
Antes de ser Namorado, ser um amigo, e ... nunca, nunca só amigo
Ser cúmplice de seus defeitos e virtudes
Calar para o mundo nossas dificuldades, e ... falar contigo cheio de paciência
Divulgar nossa felicidade, incentivando outros a serem felizes
Não temer o sofrimento e deixá-lo ir embora no tempo mais breve
Não ser sua propriedade e que você não seja a minha
Olhar para outros, mas só para descobrir ainda mais o seu valor
Viver, e viver, e viver muito, para estender pelos anos nossa alegria
Continuar vivendo se você se for ... para manter viva a sua memória, e quero que você prometa o mesmo
Não me tornar desnecessário e sempre ter necessidade de ti
Jamais decidir por nós dois
Respeitar a nossa história, se não pudermos ir até o fim
Ampliar essa promessa contigo e, buscar com todas as minha forças ser feliz ao seu lado e ... incentivar, com todo o meu coração, a sua felicidade
Não prometer mais ... para que essa jura não perca o seu valor.

Revogadas as disposições em contrário, concordam

Comentários

Anônimo disse…
I do!!
Sérgio disse…
hahaha! "I Do!" é ótimo!

... estou lendo boa parte do seu blog - gostei deste texto - bonito, sensível... além disso, serve como manual pra casais (terapia) - deveria ter lido isso há uns dois anos atrás! hehehe
Parabéns!
Luiz Vadico disse…
Fico feliz que tenha vindo conhecer. Eu gosto deste texto tbém, é daqueles que a gente sabe por que escreveu hehehe. Vai perceber uma grande flutuação de humor no meu blog, espero que a viagem seja boa heheheh
Sérgio disse…
É! Eu percebi uma certa variação de humor, mas o que mais me chama a atenção é a busca por uma visão original das coisas. Sem querer ser intrometido, mas o que te faz escrever?
Luiz Vadico disse…
Olha só! É a pergunta que eu mais gostaria de ouvir hehehhe. Mas, infelizmente a resposta é simples, escrever faz parte de mim. Escrevo desde os onze anos de idade. Sinto necessidade de escrever. Quando escrevo aprendo mais sobre o mundo, sobre as pessoas e muito sobre mim. Agora sobre os angunlos inusitados, bem... este sou eu também hehehe. É difícil lidar com isso mas eu tento. Abraço forte e obrigado por te perguntado.
Sérgio disse…
Oi Luis, tudo bem?

Por que você diz que é difícil lidar com isso? Você sente-se meio fora do padrão, deslocado? Não que isso signifique algo ruim, de forma alguma.

Como você determina o assunto sobre o qual vai escrever? Eu já tentei escrever, mas toda vez que eu me programo pra fazer isso, só sai 'porcaria', a primeira coisa que perco é a naturalidade do texto - eu acho que só sei escrever (mais ou menos) quando sou provocado. Escrever bem não é nada fácil.

Um abraço e uma ótima semana. :o)
Luiz Vadico disse…
Sérgio, eu brinco de fazer duas distinções (bobas, mas funcionais) existem os escritores e os escrivinhadores (não pejorativo). O escrevinhador trabalha num jornal, consegue escrever sobre qualquer coisa a qualquer hora e de vez em quando aquilo que escreve transcende até mesmo as suas intenções e toca as pessoas, mas em geral é um palavrório banal, bem ligado, bem concatenado, mas banal. Bem, eu queria ser este cara escrevinhador. Mas eu escrevo apenas movido por um impulso, uma necessidade que é estranha para mim. Quando ela acontece eu escrevo, quando ela não acontece eu não escrevo, pois qdo escrevi sem necessidade emocional de fazê-lo o texto saiu banal e estúpido. Isso quer dizer que uma boa parte de minhas coisas têm muito "sangue" nelas hehehe, quase tudo me dói de alguma forma. Acho que em algum lugar do blog eu escrevi "escritor que não expõe as próprias víceras não é escritor"; acho que é isso. Não posso te dar a solução, mas a minha é essa, quando faz sentido escrever eu escrevo, aí é natural e eu gosto do resultado. Mas, claro, não poder controlar a forma de produzir faz com que vc nunca possa se "vender" no mercado de trabalho como "escritor/Escrevinhador", e terá de arrumar outro emprego, que é o que eu fiz.
Mas uma hora vc terá de responder uma pergunta, o que é importante para vc: escrever ou ser escritor? Escrever é mais importante para mim, e isso acabou me fazendo escritor aos olhos do mundo, mas eu, eu apenas escrevo o que preciso escrever. Abs
Sérgio disse…
Oi Luiz, :)

Gostei da explicação, faz sentido, acho que isso acontece comigo também, como disse antes não sou escritor, nem chego perto, mas de vez enquando gosto de dar umas 'rabiscadas' e parece que escrevo melhor quando não penso muito. hehehe

Sobre a pergunta o que é mais importante - digo que escrever, com certeza. Escrever alivia o estômago, ser escritor afaga o ego ... e embora eu conside importante ter o ego afagado (na medida certa), aliviar o estômago é mais importante, nem sempre faço isso escrevendo, as vezes dançando no meu quarto ou até mesmo cantando em 'cima' do Michael Bublé. hehe

Já estou falando asneira, está na hora de ir embora. :)

Um abraço.
Unknown disse…
Luiz esse contrato creio que todos já fizemos ao menos em nossa mente! rsrs só você mesmo para ter coragem de abrir desta forma!Adorei
Tamires Guedes disse…
Olá Luiz,

Adorei este texto, está de parabéns!
O texto descreve tudo o que queremos, mas que as vezes nós mesmos não o colocamos em prática. Muito bom mesmo.

Escreva mais :)
Beijos
Tamires Guedes disse…
Olá Luiz,

Adorei este texto, está de parabéns!
O texto descreve tudo o que queremos, mas que as vezes nós mesmos não o colocamos em prática. Muito bom mesmo.

Escreva mais :)
Beijos
Luiz Vadico disse…
Obrigado pelo carinho Tamires!
R. disse…
Há quem não acredite na solidez das relações da pós modernidade. Vide Caio Fernando Abreu quando questiona o ser humano na sua insistência por eternidade das coisas, quando tudo no Universo é perecível. E Bauman ao falar da liquidez das relações humanas. Não me atrevo a tal pessimismo, no entanto, mão me ouso a desafiá-lo. Por outro lado, penso que um contrato como o proposto por Luiz Vadico lança sobre nós um otimismo surpreendente! Um otimismo que eu acredito e gosto.
Alice disse…
De uma sensibilidade que me fez querer provar todo restante...
Iracema disse…
Eu li esse texto e posso dizer que essa jura eu fiz sozinha. E sempre continuo a fazê-la pois não encontro a outra metade que a tenha comigo.
De um lado sou promessas, mas do outro vejo fugas, vazio.
Um dia, quem sabe, encontre eco para minhas palavras.
Obrigada.
Luiz Vadico disse…
Iracema, persista! O Amor adora persistência, perseverança e paciência. Junte um pouco de charme e ele não resistirá!
Anônimo disse…
Parabéns Luiz!
Fazia tempo que não lia um texto tão legal. Disse tudo nas palavras.

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