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Um Homem


Publicado em livro

Comentários

Flavio Vicente disse…
Eu ainda diria que

"Poor is the man whose pleasures depends on the permission from another"

Gostei muito de seu texto!

[]'s
R. disse…
Não sei se tinha isso em mente ao compor esse conto, mas segundo Descartes, para que o sujeito que detém a razão pudesse ser estável a ponto de ser a garantia da verdade e da certeza, foi preciso que A LOUCURA, OS SENTIDOS, o erro, fossem colocados fora do seu domínio. Para Foucault, a história da razão somente pode ser contada a partir da história da loucura; a história da loucura é "o outro" da história da razão. Falar da loucura, e especialmente das práticas médicas sobre ela, é se deparar com o que a razão precisou excluir para que pudesse existir. Essa cisão deu origem, segundo ele, à internação dos loucos nas casas de confinamento e nos asilos.

Estabeleci essa relação lendo seu escrito: uma crítica ao pensamento racionalista e uma valorização dos sentidos, das paixões.

Gostei mais desse por ter usado uma linguagem mais metafórica. Fábulas, na minha opinião, são demais universais. Prefiro quando o signo não carrega consigo o conceito. Ele é transmitido como um molde vazio. Quem o recebe tem o direito sobre a interpretação ao de preenchê-lo, significa-lo.
Marcão disse…
Olá Luiz! Seu livro me chamou atenção. Eu vou deixar o link de uma página no face sobre o meu. Se o seu se chama FÁBULAS CRUÉIS o meu é baseado num conto de fadas muito famoso https://www.facebook.com/O-Pr%C3%ADncipe-de-Marcus-Vin%C3%ADcius-1462975384024500/?fref=ts

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