A Cama Quando me deito, dentro de mim, minhas pernas ficam pra fora meu tronco, meus braços, ficam pra fora... Minha cabeça à grande distância... Que destino! Ter no corpo uma cama Tão pequena. Sina de Gigante Isso é o que eu digo para o meu corpo: Levante-se! Isso é o que eu digo para mim! Mas quando todo eu me levanto, minha cabeça ultrapassa as nuvens E, não há ninguém para eu poder olhar nos olhos. Sina de gigante... Chá das Cinco Sento-me no chão Através da atmosfera olho as estrelas, Ainda distantes... À minha frente o Everest. Não resisto, E desejo tomar chá. Sirvo-me das águas quentes De um vulcão, Forro a montanha com meu lenço... Está pronta a mesa... São cinco da tarde e, Ninguém veio. Penso até ter visto alguns homens Tentando me alcançar... Morreram no caminho, ou Se desiludiram na escalada. É sina de gigante... Possuir todo o planeta, Gentil, vasto e manso, Mas não ter ninguém para o chá. Pisando Estrelas Toco o sol, E o pego com uma das mãos; Escondo-o em meu bolso e
Blog do Escritor, historiador e prof.Dr. em Multimeios Luiz Vadico. Destina-se à publicação de contos, poesias e assuntos diversos. O autor dedica-se atualmente a uma série de contos natalinos e a um romance.