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Dá-lhe Lama! - O caso do Dalai Lama ou “colocando a pimenta na libélula!”

        Assim recebi o incidente envolvendo um público grande, uma criança - provavelmente acompanhada pelos pais - e o Dalai Lama. “Chupa a minha língua!” Dizem que foi o que o venerável falou para uma criancinha, e deve ter posto a língua para fora. Usando de cinismo, posso dizer: A criança não chupou, então ele obedeceu a regra de que “não é não!”, devia estar tudo certo, não é mesmo?! Dalai Lama sendo atacado pela pomba da paz Minha primeira reação foi rir, e o fiz com naturalidade. Pois para mim não deve ter passado de um gesto bem humorado de um avozinho para uma criança, que não significa que é para chupar-lhe a língua de fato, mas para que a criança diga algo como: “que nojo!” e o avozinho riria. Pena que O Dalai Lama não é avô de ninguém e não notou que o ocidente mudou muito e rapidamente. Insinuar que este homem fez um gesto pedófilo só me faz imaginar que tipo de pessoa é capaz de pensar este tipo de coisa e divulgar idéias tão estúpidas quanto estas. Vi até mesmo um cole

Lady Grantham na padaria

        Neste domingo último, bebíamos um café na tradicional Padaria Romana, no Cambuí. Em Campinas é o equivalente a tomar um café em Moema ou no Jardins em São Paulo. Não sou um habituè, por que é um pouco distante de casa. Incrivelmente não é um lugar caro. Entretanto, possui um “aura” que atrai algumas pessoas e afasta outras. Este aura que te expulsa dos lugares quando ele aparenta ser caro demais para o seu bolso. O que aprendi na vida é a entrar em lugares assim, sempre são surpreendentes e às vezes baratos. Até mesmo em Supermercados carérrimos como o Pão de Açúcar e o Saint Marchè possuem gêneros de primeira necessidade com ótimos preços. Então, nada me impede de curtir um ambiente agradável e fazer algumas comprinhas. Quem não se sente à vontade para entrar nem nesses lugares e nem em muitos outros, exatamente por causa desse aura de “isso não te pertence” passa a acreditar que todo mundo que entra ali (ou está bebericando um café nas mesas) seja um abastado baronete local

O que são as novas tecnologias?! Ou, Preparando o Peru para o Natal. (Explicando de forma simples)

                Não podemos continuar com a relação positiva que temos com as inovações tecnológicas. Precisamos separar as supostas facilidades que os smartfones trouxeram para as nossas vidas (e muitos problemas também), o entretenimento que eles proporcionam, e o alheamento de uma vida dura e sem prazeres mínimos exceto o de ver vídeos e comer, dos problemas que causaram efetivamente na realidade concreta. Até transar virou um sofrimento tecnológico, é só entrar num aplicativo de relacionamentos para saber como a coisa anda.              Tempos Modernos (Charles Chaplin)                 Cada vez que questionamos as novas tecnologias algumas pessoas se enchem de ares de superioridade e põe no rosto um sorriso safado. E fazem afirmações estúpidas, como se todos fossemos estúpidos: “A tecnologia não é boa nem ruim, tudo depende do que se faz dela.” “A transformação é inevitável!” “Este caminho não tem volta” “As pessoas precisam se adaptar!” “Os professores e as escolas precisarão r

Aprenda a dizer "Não"

                O “não” é uma destas palavras estigmatizadas, estranhamente estigmatizadas. Talvez por que durante a nossa educação seja o que mais ouvimos, e que se ouvimos suficientemente prova uma boa educação. Mas em geral me chama atenção o quanto as pessoas não sabem ouvir e nem dizer “não”.    Tenho alguma dificuldade de perceber, no jogo das relações humanas, quando alguém quer dizer “não” mas não verbalizou, e aí começa o grande bailado dos gestos,    falas, subentendidos... E eu me pergunto “por quê?” Tão fácil dizer não. O “não” é uma palavra mágica, ela é mais verdadeira do que o sim. E mostra muito mais de nós, talvez mais do que gostaríamos. Mas, não dá para se ter vergonha do que se é, né?! Ou dá? É importante verbalizar e colocar este limite nas relações. O que me encanta no “não” são os seus infinitos matizes. A gente diz “não” para uma coisa, para uma pessoa, para uma situação, para uma proposta... Mas, isto não significa dizer não para tudo o que nos oferecem ou para

Uma luz para o seu caminho!

  Resumo de toda a autoajuda do mundo.  Medite frase por frase todos os dias, busque compreendê-las em todo o seu significado, este não é apenas o resumo de toda autoajuda do mundo, é a chave para uma existência plena e útil para si e para a humanidade: O Caminho Seja educado; Faça o que é preciso fazer; Só te acontece o que acontece a qualquer um, Não se confunda com o mundo; Domine o que pode ser dominado; Liberte o que pode ser libertado; Vá sozinho onde não puder ir acompanhado; Abrace mais os que te amam; Mantenha o seu corpo e espirito com alguma fome; Chore quando doer, sorria quando for engraçado; Faça o sucesso que puder fazer; Saiba contentar-se quando o limite chegar; Por fim, morra com vontade de viver e não viva com vontade de morrer. Luiz Vadico

O desletramento

Estamos passando por um fenômeno inesperado, o desletramento; mais um efeito colateral das novas tecnologias. É urgente reverter este processo. Nossa sociedade durante milhares de anos se baseou na escrita. Desde os primórdios a escrita e a leitura foram o ofício de poucas pessoas. Apenas com o passar dos séculos, acompanhando várias transformações, aprender a ler e escrever passou a ser uma necessidade. Entre os séculos XVI e XIX o letramento era ainda um privilégio das classes altas ou de padres e freis nos mosteiros e pastores reformados. Com o surgimento da Prensa de Gutemberg, jornais e livros começaram a ser mais e mais impressos e publicados. A circulação de impressos transformou o mundo e as pessoas. E isso resultou em vária revoltas, guerras e revoluções. Depois, ao longo do século XIX, a industrialização crescente, que levou a uma urbanização exacerbada, o letramento passou a ser a base de desenvolvimento de toda a sociedade. Não é a toa que vimos várias campanhas contra o

“Mulher é carne de Costela!"

              Ás vezes a gente tem surpresas na vida, e hoje houve um momento assim.             Estava eu numa mercearia quando surpreendi um saboroso diálogo. Um homem maduro, com dois pacotes de alface no caixa, feliz por não tê-las de lavar por essa vez, pois aproveitara uma promoção de pacotes pré-lavados. Iniciara a conversa comentando com o outro homem, do caixa, que a promoção fora feliz, pois ele estava ficando com calo num dos dedos de tanto usar a centrífuga que enxuga as folhas de alface após a lavagem. E emendou sem nenhum tom de preconceito na voz e nem de piada: “algumas coisas parece que as mulheres fazem melhor e tem mais jeito que nós, deve ser alguma diferença no hormônio...” Provavelmente se referindo à aparente paciência delas em relação ao uso da centrifuga e à lavagem das verduras. Ao que o outro, possivelmente o dono da mercearia, comentou: “Acho que é uma questão de energia, Ying Yang, elas (as mulheres) são diferentes...” E ainda surpreso com a conversa,