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Dia Nacional do Livro - O Livro Brasileiro precisa de defesa

                 Hoje fiquei com vontade de contar alguma estória lúdica, algo que fosse fofo e enchesse os corações de algodão doce. E olha que nem tinha bebido. No dia Nacional do Livro me lembro que uma vez afirmei - aqui no Facebook, no Brasil se comemora aquilo que se mata. Quase tudo para o qual inscrevemos um nome numa data em especial, cotidianamente a prática no país é matar e destruir, exceção feita ao dia das Mães.                 Desconheço a genealogia destas datas e dos nomes que nelas colocaram, e devem significar para todos mais ou menos o que significam para mim: “um momento para refletir sobre o objeto ou pessoas comemorados”. Claro, que ninguém faz isso. Não fosse a falta de assunto nas redes sociais nem lembraríamos que dia é hoje. O livro é um objeto, ainda que não seja um cinzeiro, é um objeto (um objeto cultural). Então, quando o comemoramos, também devemos comemorar todos os profissionais que participam da sua confecção.                 Para que ele surja começa

A.I!! -Dia do Professor

Diante de uma tela na sala de aula as crianças esperavam a nova professora chegar. Uns acompanhariam o curso a distância, outros estavam ali. Pequenos e jovens, olhinhos brilhantes e de certa forma aflitos para conhecerem a professora. Após um curto sinal sonoro a classe silenciou, atentamente observavam a tela. Esta se iluminou com imagens felizes e tranquilas, acompanhadas pela voz de Judy Garland cantando o tema do Mágico de Oz. Parecia que ia ser divertido. De repente surgiu um rosto feito por animação, não dava para distinguir se era homem ou mulher. A voz, uniforme e em tom calmante autoritário, cumprimentou a todos: Bom dia, classe! Meu nome é Edir. Sou um programa de Inteligência artificial. Eu irei cuidar da educação e da formação de vocês como pessoas. = Como te chamaremos,Senhor ou Senhora? Perguntou , Pedro Henrique, o mais saidinho. "Apenas Edir, sou um algoritmo" Ela fez uma pequena pausa, com

Feliz dia do Escritor

                Ontem assisti o filme “Meu ano em Nova York”, na Netflix, recomendo. Um filme leve sobre amadurecimento juvenil.   Um dos atrativos era a possibilidade de que a personagem tivesse alguma proximidade com o famoso escritor J. Salinger, autor do ainda mais famoso “O Apanhador no Campo de Centeio”. Vários escritores foram famosos por não gostarem de aparecer em público, dar entrevista, palestras, tirar fotografias, etc. Salinger neste quesito é provavelmente o mais conhecido. Com a fama, se isolou numa fazenda no interior dos Estados Unidos. Nunca lhe perguntei, mas imagino quais sejam seus motivos.                 No filme, Sigourney Weaver, é dona de uma agência literária. Aquelas agências (que ninguém conhece ou sabe como chegar) que pegam o original de um autor e o vendem para uma grande editora e todos saem ganhando. Por aqui já estão surgindo algumas, com uns noventa anos de atraso. Em uma das falas, Weaver, revela que ao ler originais de livros ficava imaginando

Sobre capas de livros, sangue, cabeças que rolam e sexo!

              Nos últimos quatro dias as coisas têm sido bem intensas por aqui (na tela do celular). Já começamos a discutir a capa do novo livro. Pessoas, só quem já se meteu a publicar sabe como é difícil transmitir uma idéia para um capista realizar a obra; principalmente se ele não a leu e nem vai ler.             A capa tem diversas funções , então é um trabalho bastante complexo. Em primeiro lugar ela deveria estar bastante relacionada com o contéudo da obra, de alguma forma já possuir alguma coisa que atraia o leitor para este conteúdo. Só de ver a capa o leitor precisa ter uma mínima idéia do que encontrará no livro. Isto para mim é o primeiro ponto.             A segunda questão é estética. E esta dá mais uma boa dor de cabeça, pois exige muito do capista - realmente profissional -, pois afinal não se deve exigir do escritor que ele saiba sobre combinações de cores, tipos e formas de letras, que imagens usar ou não, etc. O lado bom desta segunda questão é que você não

A educação é a solução (?)

            Vamos morrer fazendo essa afirmação. E para cada vez que ela sair de nossos lábios a emendaremos com diversos problemas aflitivos. A educação seria a solução para um monte de coisas. Provavelmente nenhuma das coisas para as quais a evocamos. Educar alguém não significa que este alguém terá qualquer apreço pela cultura ou respeito pela civilidade e as pessoas. A educação é muito importante, entretanto, não faz mágica. Existem aspectos da mesma “educação” que são relativas aos pais e à família, ainda assim, mesmo que estes sejam eficientes, não há nenhuma garantia de que seus esforços serão bem sucedidos.             Então, falemos da educação instrucional, sobre este quesito podemos entender melhor o que ocorre e por que ocorre. A primeira escola pública e gratuita, até onde sei, foi criada por Napoleão Bonaparte no inicio do século XIX na França, elas originariam as escolas politécnicas mais tarde. A intenção era preparar a mão de obra para a indústria que desenvolvia-s

Acomodações para o Menino Jesus

Logo será Natal, e quero desejar um Feliz Natal a todos! No entanto, só pode ser um momento feliz se o menino tiver onde ser acolhido. Você preparou um bom quarto para ele com o que tem de melhor? Ou irá dizer para o sagrado casal que “não tem vagas”? Arrumou a estrebaria com cuidado? Ou deixou eles perto dos porcos? Fez um berço bonito? ou usou a velha e conhecida manjedoura? Trouxe parteiras e médicos para o momento? ou deixou Maria sofrer sozinha? Com essa conversa de seguir estrela de Belém, Noite Feliz, etc, etc, faz mais de dois mil anos que Jesus tem nascido em péssimas condições. Acho que já poderíamos ter feito algo melhor neste tempo todo não?! Milhares de Jesus nascem todos os dias. Mas, sabe como é, sem estrela. Feliz Natal! Jesus é a misericórdia encarnada, e foi para suscitar esperança e alegria que ele veio ao mundo. Veio para salvar a nós pecadores, portanto, já sabia um pouco o que esperar. Quando ele chegar, seja educado e não pegue o bebe com as

Governando com justiça!

Bem distante das cidades, em meio a belas colinas e campos sem fim, um rebanho de ovelhas fartava-se de pastagem e outras guloseimas. Vez por outra vinha o cão pastor ladrando e tocando uma ovelha desgarrada de volta para o rebanho. O pastor, por sua vez, um bom homem, deixava a natureza seguir seu curso e pouco aparecia para ver o que ocorria. O cão era gentil com as fofinhas, mas muito feroz com os outros animais que poderiam colocá-las em risco. Era tão vigilante e bravio que aquelas pequenas ovelhas inocentes jamais viram o perigo de perto. Quando ele farejava o perigo à distância, deixava o rebanho e corria até ele eliminando a ameaça. Tanta eficiência fizera com que elas o odiassem. Odiassem?! Sim, odiassem. Pois, desconheciam o perigo verdadeiro e achavam que ele era excessivamente zeloso. Era um verdadeiro tirano que não as deixava passear o quanto desejavam e nem serem realmente livres.  Assim, corria a vida tranquila neste lugar tranquilo quase idílico, não fosse um