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A Pesada Carga do Heterossexual Masculino

Neste último Big Brother Brasil estamos tendo uma chance única. Os organizadores resolveram colocar ao menos três pessoas que assumiram uma condição homossexual. Dois deles mais efeminados e afetados. Até então tínhamos vistos homossexuais que se expressavam de outra forma. Alguns torceram seus narizes, outros, como eu, disseram: Bem, por que não? Outras vertentes gays, enrustidos, discretos, entendidos, já estiveram representadas. Faltam-nos agora os ursos, travestis, transgêneros... bem, provavelmente logo virão. Isso é legítimo e interessante uma vez que dá conta da diversidade sexual do país e do gênero humano. Mas, acompanhamos visualmente, gestualmente e verbalmente duas radicalizações distintas, a da homossexualidade e a da heterossexualidade masculina. Esta última menos suspeitada e nada esperada. Sou daqueles seres humanos que tendem ao equilíbrio em todas as coisas e relações, então, se dependesse do meu desejo o BBB seria apenas um delicioso chá de senhoras, onde todos rirí

Clube Glória - V.I.P. - Você Importa Pouco!

Clube Glória - V.I.P. Very Important People Iniciemos com dois elogios. O Clube Glória tem uma proposta ótima, que de tão inusitada é difícil de acreditar que tenha funcionado: reunir as pessoas ligadas ao mundo da moda, quer sejam profissionais, fãs ou consumidores de moda. A proposta funcionou, e talvez a melhor prova seja que na maior parte do tempo a casa está lotada. É muito interessante ir ao Glória, pois é o único lugar de São Paulo, que eu conheço, que consegue ser surpreendente o tempo todo. Quando vou para lá não sei que tipo de música vou ouvir, há muita variação, e isso para mim é bom. Não é aquela coisa excessivamente homogênea de outros lugares. Os freqüentadores são um caso a parte. Também não imaginamos o que iremos encontrar na noite, sempre diferentes, diversificados e interessantes. A maior parte muuuuito jovem. Bem, mas até aí, grandes idéias criativas surgem deste meio e a energia e beleza da juventude são bastante atraentes. Também é o único lugar no qual me sint

Sede de ler um bom livro

Hoje, mais uma vez perambulei por uma grande livraria. Fiz o que sempre faço. Pesei meus passos, parei em cada uma das prateleiras. Nas promoções, nas línguas estrangeiras... Nos nefastos livros encalhados do verão passado. Olhei cada uma das capas, li, com e sem interesse cada uma das “sinopses”, já não chamo mais a última capa pelo seu nome, pois só trazem sinopses ou elogios. O que me move a andar de livraria em livraria todos os finais de semana? O desejo de ler. Mas, não o puro e simples desejo de ler, este eu tive quando era criança. Assim que pude me afirmar nas primeiras sílabas e nas palavras cujo significado eu adivinhava, já sabia, não queria ler qualquer coisa, queria ler um livro que fosse algo. Fico olhando, para estes amontoados de papel com capas sensacionalistas, com títulos sensacionalistas e passadiços... Recheados de autores construídos em alguns dias e destruídos em menos de dois semestres. Fico admirado de ver o ilustre autor que desprezei com toda pompa no verão

Desfile da Cavalera - Inverno 2010 - SPFW

A coleção nova da Cavalera não decepcionou. Eu estava ansioso para ver a nova coleção depois de ter comprado quase tudo da anterior. Sou um fã confesso da V.rom e da Cavalera, gosto de cada uma em seu estilo, no meu cotidiano a segunda cai como uma luva, quando preciso de um refinamento ainda maior me socorro com a V.Rom, claro, das peças de desfile. Eu estava estranhando a ausência da V.Rom na loja da Cavalera na Oscar Freire, e devo ter cansado o vendedores de tanto cobrar as peças da grife, no entanto, no desfile da Cavalera tudo se esclareceu. Alguém resolveu realizar meus mais íntimos desejos, uma fusão. O refinamento da V.Rom, às vezes conceitual demais – não para mim hehehehe – se aliou a um estilo mais prático, Cavalera. O resultado é saboroso, estético, comprável e usável. Não houve grande ousadia nas cores, o preto prevaleceu, mas preto sempre é preto, meu guarda-roupas é testemunha deste fato. Dizem que havia couro, tachinhas, etc. Mas, só se souberam p

Em defesa da Aparência!!

Advertência: os muitos sensíveis não devem ler! A mesma discussão que originou uma crônica anterior levou a um outro assunto, que defendi com unhas e dentes, também para a minha surpresa. É, parece que a passagem dos anos tem me mudado... Quando mais jovem eu faria coro contra julgar pessoas pela aparência física. E, ninguém precisa me citar Cesar Lombroso hahahah eu o conheço, e parece incrível, era um cara interessante, sério e bem profissional, é o que dizem modernos estudos acadêmicos. No passado nós, enquanto sociedade, caímos na estupidez de fazer com que as “diferenças” físicas, raciais, mentais, etc, significassem uma hierarquização social de indivíduos. Impusemos padrões de normalidade, comportamento, classe e ideologia, péssimos tempos aqueles... Mas, hoje, ignorar as diferenças, sem saber apreciá-las e tirar delas vantagens, é estupidez. Sou espírita por formação, e o digo apenas para que quem leia consiga imaginar o abismo entre o que fui e

Inusitado pós-moderno: compre e Venda Luiz!

Hoje, fazendo o que sempre faço, me buscando no Google, coloquei Luiz Vadico entre aspas e tive uma grande surpresa. No canto superior direito da página do dito site apareceu o seguinte link: Luiz em Oferta Compre e Venda Luiz Parcele em até 12X no TodaOferta. www.TodaOferta.UOL.com.br Luiz em oferta. Bem, já estive procurando namoro, amigos, empregos, mas não ando mais fazendo isso. Acho que tanto insisti em minhas buscas que o Google enfim, me considerou uma pessoa em liquidação. “Luiz Sale”. “Luiz em Promoção hoje”. “Entre e compre Luiz”. Não bastasse ter virado um produto, o que não chega a ser uma coisa terrível, ainda virei oferta de atacado: não apenas compre Luiz, mas “Compre e Venda Luiz”. É o Luiz para as massas!! Então, parece que a minha propaganda foi tão boa que agora estão me vendendo. E o inusitado é que posso ser revendido. E, fico pensando que se a pessoa não gostar pode me devolver... Já até ouço o vendedor dizendo: “Tirou a etiqueta? Por que se tirou a etiqueta não

Em defesa da Futilidade!!

Bem, jamais imaginei que eu iria escrever isso, mas vamos lá. A vida nos ensina tantas coisas que às vezes é importante compartilhar. Nascido numa outra época (fim dos anos 60) desde o berço aprendi que devemos ser sérios e responsáveis, por isso ser fútil era quase o oposto destas coisas. A futilidade e os fúteis deveriam ser evitados. Além do mais, quando a religião realmente era importante, pois cuidava do espírito e não do bolso das igrejas, a futilidade não levava para o céu... mas e agora? Além disso, o prazer da futilidade exige dinheiro e eu jamais tive o suficiente para poderem dizer que eu era fútil ou vaidoso em excesso. Agora que tenho o suficiente para conhecer o mundo da futilidade, por que afinal, não conhece quem quer, mas quem pode, e, sinto dizer que é uma realidade, começo a compreender essas pessoas, essas ações com outros olhos. Sinto que tudo começou quando ouvi tocar na minha academia a música “Burguesinha” de Seu Jorge, aquilo me incomodou, e ninguém entendeu po