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Desfile da Cavalera - Inverno 2010 - SPFW

A coleção nova da Cavalera não decepcionou. Eu estava ansioso para ver a nova coleção depois de ter comprado quase tudo da anterior. Sou um fã confesso da V.rom e da Cavalera, gosto de cada uma em seu estilo, no meu cotidiano a segunda cai como uma luva, quando preciso de um refinamento ainda maior me socorro com a V.Rom, claro, das peças de desfile. Eu estava estranhando a ausência da V.Rom na loja da Cavalera na Oscar Freire, e devo ter cansado o vendedores de tanto cobrar as peças da grife, no entanto, no desfile da Cavalera tudo se esclareceu. Alguém resolveu realizar meus mais íntimos desejos, uma fusão. O refinamento da V.Rom, às vezes conceitual demais – não para mim hehehehe – se aliou a um estilo mais prático, Cavalera. O resultado é saboroso, estético, comprável e usável. Não houve grande ousadia nas cores, o preto prevaleceu, mas preto sempre é preto, meu guarda-roupas é testemunha deste fato. Dizem que havia couro, tachinhas, etc. Mas, só se souberam p

Em defesa da Aparência!!

Advertência: os muitos sensíveis não devem ler! A mesma discussão que originou uma crônica anterior levou a um outro assunto, que defendi com unhas e dentes, também para a minha surpresa. É, parece que a passagem dos anos tem me mudado... Quando mais jovem eu faria coro contra julgar pessoas pela aparência física. E, ninguém precisa me citar Cesar Lombroso hahahah eu o conheço, e parece incrível, era um cara interessante, sério e bem profissional, é o que dizem modernos estudos acadêmicos. No passado nós, enquanto sociedade, caímos na estupidez de fazer com que as “diferenças” físicas, raciais, mentais, etc, significassem uma hierarquização social de indivíduos. Impusemos padrões de normalidade, comportamento, classe e ideologia, péssimos tempos aqueles... Mas, hoje, ignorar as diferenças, sem saber apreciá-las e tirar delas vantagens, é estupidez. Sou espírita por formação, e o digo apenas para que quem leia consiga imaginar o abismo entre o que fui e

Inusitado pós-moderno: compre e Venda Luiz!

Hoje, fazendo o que sempre faço, me buscando no Google, coloquei Luiz Vadico entre aspas e tive uma grande surpresa. No canto superior direito da página do dito site apareceu o seguinte link: Luiz em Oferta Compre e Venda Luiz Parcele em até 12X no TodaOferta. www.TodaOferta.UOL.com.br Luiz em oferta. Bem, já estive procurando namoro, amigos, empregos, mas não ando mais fazendo isso. Acho que tanto insisti em minhas buscas que o Google enfim, me considerou uma pessoa em liquidação. “Luiz Sale”. “Luiz em Promoção hoje”. “Entre e compre Luiz”. Não bastasse ter virado um produto, o que não chega a ser uma coisa terrível, ainda virei oferta de atacado: não apenas compre Luiz, mas “Compre e Venda Luiz”. É o Luiz para as massas!! Então, parece que a minha propaganda foi tão boa que agora estão me vendendo. E o inusitado é que posso ser revendido. E, fico pensando que se a pessoa não gostar pode me devolver... Já até ouço o vendedor dizendo: “Tirou a etiqueta? Por que se tirou a etiqueta não

Em defesa da Futilidade!!

Bem, jamais imaginei que eu iria escrever isso, mas vamos lá. A vida nos ensina tantas coisas que às vezes é importante compartilhar. Nascido numa outra época (fim dos anos 60) desde o berço aprendi que devemos ser sérios e responsáveis, por isso ser fútil era quase o oposto destas coisas. A futilidade e os fúteis deveriam ser evitados. Além do mais, quando a religião realmente era importante, pois cuidava do espírito e não do bolso das igrejas, a futilidade não levava para o céu... mas e agora? Além disso, o prazer da futilidade exige dinheiro e eu jamais tive o suficiente para poderem dizer que eu era fútil ou vaidoso em excesso. Agora que tenho o suficiente para conhecer o mundo da futilidade, por que afinal, não conhece quem quer, mas quem pode, e, sinto dizer que é uma realidade, começo a compreender essas pessoas, essas ações com outros olhos. Sinto que tudo começou quando ouvi tocar na minha academia a música “Burguesinha” de Seu Jorge, aquilo me incomodou, e ninguém entendeu po

Anti-Pequeno Príncipe V

“(...) - O planeta seguinte era habitado por um bêbado. Esta visita foi muito curta, mas deixou o principezinho mergulhado numa pronfunda tristesa. - Que fazes aí? - Perguntou ele ao bêbado, que se encontrava acomodado diante de inúmeras garrafas vazias e diversas garrafas cheias. - Eu bebo - respondeu o bêbado, com ar triste. Por que é que bebes? - perguntou-lhe o pequeno príncipe. - Para esquecer - respondeu o beberrão. - Esquecer o quê? - indagou o principezinho, que já começava a sentir pena dele. - Esquecer que eu tenho vergonha - confessou o bêbado, baixando a cabeça. - Vergonha de quê? - perguntou o princípe, que desejava socorrê-lo. - Vergonha de beber! - concluiu o beberrão, encerrando-se definitivamente no seu silêncio. E o pequeno príncipe foi-se embora, perplexo. " As pessoas grandes são decididamente estranhas, muito estranhas", dizia para si mesmo durante a viagem.” Essa de tão séria coloquei a citação inteira. Isso não é metáfora. É discriminação. Nada contra q

Anti-Pequeno Príncipe IV

“Foi o tempo que perdeste com tua rosa, que fez da tua rosa tão importante”. Mas não se esqueça, o tempo da rosa é diferente do teu. Ela morre mais rápido. Além disso, ela era totalmente importante desde o primeiro momento, por isso você decidiu gastar seu tempo com ela. O passar do tempo a fez se tornar mais intima, fez você conhecê-la melhor... mas, por alguma razão estranha, toda importância que ela iria ter, já estava ali, no primeiro olhar. Então assuma as perdas e as suas escolhas, justificá-las não lhe fará nenhum bem quando o tempo da flor se realizar completamente. A disseminação da metafórica estória do Pequeno Príncipe é como uma montanha de chocolate trufado cheio de marshmellow que não tem fim. Atiça a gula, faz bem, equilibra o sistema nervoso, mas engorda demais criando ociosos emocionais. E assim como uma montanha de doce ao ar livre, atrai moscas e parasitas de toda espécie. Ou a vida tem encanto em si ou não tem. Uma metáfora tem muito valor, desde que se

Anti-Pequeno Príncipe IV

“Tu és eternamente responsável pelo que cativas...” Esta é uma boa frase se você gosta de se achar importante e ter alguém que dependa de você. Mas a palavra “cativas” já tem em si um monte de grilhões. Prender alguém a si, tirar seu desejo por liberdade, insinuar que sem ela você não vive e vice-versa... parece bem longe do amor verdadeiro. Se você dá de graça do que tem, nada deve voltar para você. E não existe maior amor que este. Senão você é apenas um esfomeado que deseja alimento o tempo todo e mantêm a vitima perto de si com lisonjas estúpidas. Os dois cheios de grilhões, imóveis para sempre... Agora sei que depois que o Pequeno Príncipe voltou para seu planeteco, após a viagem inicial, ele nunca mais saiu. Cuidou da flor, até ver ela morrer... por que afinal as flores morrem...depois ficou fazendo poemas pra ela e arrancando Baobás... e revolvendo seus vulcões... vidinha besta quando se pode pegar carona nos pássaros e viajar pelo universo não é?!