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Que o Tempo seja bom com você!

Que o Tempo seja bom com você Que ao passar ele preserve sua alegria Que a saúde não lhe falte A constância seja o seu sorriso A perseverança amiga da sua fé... Que as horas sejam minutos, segundos E que todos se contem como pequenas eternidades... Que o Tempo seja bom com você Que ele preserve seus amigos, amores e a lembrança dos amores Que a sua infância seja a memória de todas as horas... Que seu sorriso seja o de uma criança eterna... Que sua história não se conte por passados Mas que seus futuros sejam sempre um presente novo Preserve, o Tempo, a sua doçura E que o brilho dos seus olhos jamais se apague... Nas trevas que ele lhe dê aguarde a luz, pois ela também virá... Que seus inimigos em amigos se transformem Que a sua luz brilhe cada vez mais... E que o cheiro das suas aspirações, Faça inveja ao perfume das flores! Que o Tempo seja bom com você! Que ele preserve seu corpo, As marcas no seu rosto sejam leves... As rugas... cicatrizes de sorrisos... E que a sobriedade não dispe

A Gripe Suína - A Boa Vida dos Galos Brasileiros!

Ontem me deleitei com uma saborosíssima reportagem da Rede Globo. Versava sobre a Gripe Suína, H1N1; seriedade do assunto à parte, sempre me chama atenção a ostensividade da mídia no Brasil. Lembro-me bastante bem do caso Isabela, com a eterna desculpa de desejarem informar, a TV brasileira nos bombardeou diuturnamente com as notícias mais importantes e menos importantes do caso. Eu, já sabendo o que a repetição insistente de um mesmo tema faz, já aguardava as conseqüências, pouco mais de um mês, mais duas ou três crianças foram jogadas de edifícios, desta vez sem o mesmo sucesso. Numa reportagem que foi colocada ao ar na parte da tarde, depois de semanas de incessantemente perturbarem a pobre da Isabela, alguém da Rede Globo resolveu fazer uma matéria numa creche, pois, pasmem, as crianças estavam assustadas. Pois, acreditem se quiser – não se sabe por que razão – uma parte delas começou a ficar insegura e com medo de que seus pais lhes dessem o mesmo fim. Mais de um m

Não, o Cristianismo NÃO é Romano!

No ano da graça de 1999 eu era Professor de “reforço” em um cursinho de Campinas, nesta função também era encarregado, junto de outros professores da área de história a corrigir e colocar on-line as respostas das questões dos vestibulares, antes mesmo das universidades para as quais o exame foi prestado pelos alunos. O texto abaixo surgiu do fato de uma das respostas elaboradas por mim para a questão típica dos vestibulares, “cite: as influências Romanas mais importantes para a cultura ocidental”, ter sido questionada quando coloquei entre as influências do Império Romano o Cristianismo. Um professor de Literatura, que estava em “alta” no cursinho questionou minha resposta, e estranhamente o seu douto saber sobre o assunto prevaleceu sobre o meu. Ele formado em Literatura e eu em História com ênfase em História das Religiões. Na época, como eu precisava muito do emprego, tive de engolir. Mas, minha indignação deu à luz um texto divertido e irônico que agora resolvi publicar. Nunca o en

Sobre Pizzas e cigarros!

Alguns podem até achar que resolvi infernizar a vida moderna, mas não. Acho que estou meio cansado de hipocrisia. Logo começará vigorar a lei “nada exagerada” que limita ainda mais a vida dos fumantes. Sim, fumantes, estes seres “desprezíveis”. Algumas décadas atrás Hollywood e a Tv nos venderam o hábito de fumar, não que precisasse, mas parecia charmoso ser fumante. Fumar conferia uma espécie de Status. Havia o jeito pessoal de se pegar no cigarro, a marca com a qual você se identificava, as propagandas de cigarro – belíssimas por sinal-, e os atores e atrizes que fumavam maravilhosamente nas telas. Bem, nada disso é desculpa ou funciona, quando se trata de fumantes. Pois quem o é, em geral é por “ansiedade”. Já viram um fumante que diz que fuma por esporte?! Não, quase todos fumam por que são altamente ansiosos. Além disso, eles fumam porque o cigarro está a venda. O governo incentivou e financiou a plantação de fumo no passado, e até hoje arrecada altíssimos imposto

Sobre mercados e supermercados!

Alguns dias atrás vivi um típico momento da pós-modernidade. Um daqueles instantes que nos fazem sentir toda a dimensão de nossa própria idiotice. O fato ocorreu no caixa de um supermercado. Uma senhora da classe média paulistana empacotava os seus produtos numa grande sacola de tecido, onde estava escrito algumas baboseiras e a palavra “reciclável”. Por ter economizado diversas sacolas plásticas – fornecidas pelo supermercado – ela ganhou “pontos” que significam um desconto pífio nas próximas compras. Assim que ela saiu triunfante, falei educadamente para a moça do caixa: “Agora pode me dar todas as sacolas que ela economizou e mais algumas...” sorri, ela sorriu, mas fez cara de quem não entendeu. A pessoa que estava atrás de mim fez cara feia, pois entendeu e deve ter me achado um cínico. Então, vamos lá, explicarei ao leitor a mesma coisa que eu disse para o caixa e as pessoas da fila. Quando eu era garoto, lá pelo início dos anos 70, numa pequena ci

Piquenique na Sala de Estar

Um grande e bom final de semana. Neste último final de semana recebi em minha casa dois grandes amigos, Edson e Ivan. O primeiro está radicado em Paris há vários anos e o outro já se tornou cidadão sueco. Amigos desde os tempos de Unicamp – salve! Salve!- eles são o exemplo típico de uma sociedade que se tornou globalizada. Desde os meus primeiros estudos de Lyotard, quando ainda lia alguma coisa em espanhol para o Núcleo de Estudos Econômicos e Populacionais da Unicamp, previa-se a existência de profissionais que estariam em “rede”, ou melhor, na rede. Pensava-se naquela época que haveria cidades mundiais que funcionariam como grandes pontos nodais da rede de comunicações. Que o espaço das nações se contrairia e que os territórios seriam dados por outros parâmetros. Hoje não sei se estas previsões ainda se tornarão realidade, mas estes dois amigos já vivem parte deste processo há vários anos. Diferentemente de outros no passado que podiam estar em diversos países por que possuíam famí

Prodígio

Hoje me peguei pensando da mesma forma que pensava quando tinha treze anos: “estou ficando velho, preciso fazer algo logo, antes que seja tarde demais...” Fazer algo aos treze era terminar rápido meu segundo livro, eu precisava muito ser reconhecido como um prodígio, mas aos catorze... Quem era consideradoprodígio?! É muito iluminador se pegar aos quarenta e dois anos pensando e sentindo a mesma urgência... E ao mesmo tempo divertido, pois o que será que eu tenho de fazer desta vida que tem tamanha urgência?! O que será que eu devia ter feito aos treze que ainda não fiz aos quarenta e dois? Mas a pergunta mais importante, e que é a mesma daquela época: o que posso fazer pra ser reconhecido como um prodígio ainda hoje?! Sou um dos homens mais afortunados que conheço, pois hoje, encontrei dentro de mim um menino de treze anos... e gosto profundamente dele. Por muito tempo tive medo de que algo tivesse morrido em mim... Mas nada mudou... Pasmo, percebo que eu continuo eu mesmo. Coisa inc