Pular para o conteúdo principal

Postagens

O Natal de Brad Pitt

O futuro da nossa personagem - Brad Pitt Brad Pitt, seu nome era Brad Pitt. Menino de cabelos loiros espetados, parecendo de palha. Escutou no corredor a conversa da irmã Das Dores com a irmã Dirce. O Natal deste ano seria diferente. Irmã Dirce, por detrás dos seus grossos óculos de aros pretos, sugerira que o Papai Noel viesse de madrugada ao orfanato Santa Luzia. Assim as crianças seriam surpreendidas, como quando ela fora uma menininha. A idéia foi aceita, estranhamente sem nenhuma discussão. Sem que notassem, o menino magrinho, branco de olhos imensos e azuis, catou a frase no ar e sem demora foi avisar aos outros. Do alto dos seus oito anos, Brad Pitt era um dos mais ativos dali. Colaram-lhe alguns rótulos típicos, hiperativo, déficit de atenção, endiabrado, etc. Já haviam concordado entre si que na vida ele só seria loiro. Fôra irmã Assunção, uma amante de Cinema, quem lhe dera o apelido. Assim como aos outros meninos. “É para eles se sentirem importantes!” Dizia. Ele atraves

Noite de paz, noite de luz

             Pastor adorando o menino Jesus Ajoelhado ali junto à manjedoura, enquanto Maria orava contrita pelo menino, José insistia em procurar nele algum traço físico, alguma semelhança com sua família. Observado pela vaca e o burro, ele ainda estava mergulhado em dúvidas.   Seus olhos iam do menino para Maria, de Maria para o menino. Nem tanto para saber se havia semelhança entre eles, mas para ver se ela estava de alguma forma constrangida. Entretanto, desde o nascimento ela baixara o olhar, como se estivesse numa eterna prece envergonhada.             Ele gostaria que ela o encarasse e que estivesse com olhos brilhando e os lábios cheios de sorriso. Mas não, ela fixara seu olhar no menino. De agora em diante estaria convivendo todos os dias com o que fizera.             De canto de olho Jose examinava os pastores que vieram visitar. Vieram do nada, sem que ele tivesse avisado ou mandado chamar. Fora Maria? Eram quatro rapazes jovens e dentre eles dois bem bonitos.   Enquanto

Os homens. Ciência e safadeza... Da natureza da coisa. Parte III B

Da Natureza da coisa... James Dean Este texto começa com o título de “A natureza da coisa...” Quase chegou ao fim e eu não disse muito sobre o cerne da questão. Logo no inicio dos anos 90 busquei muitos livros para me informar. Uma boa parte deles era bibliografia muito recente, e os encontrei porque estava na Unicamp. Então, de memória lembro de ter lido Ronaldo Vainfas, Luiz Mott, Michel Foucault, Geerz e outros tantos. Lembro que tinha uma bibliografia de doze livros, foi tudo o que consegui. Não era apenas o desejo de saber, havia a curiosidade quase médica, cientifica de entender a mim mesmo e a todos os demais. E fazer o correto. Ah, a ciência é legal, mas em nome dela fizeram muita bobagem. Até os anos 70, esse desejo dos homens era conhecido pela religião e parte do povo por ser uma perversão. Em outras palavras, safadeza. Mas safadeza pode ser divertida, pode ser má, pode ser castigada, pode ser repetida, ela não é natureza biológica e nem escolha de vida. A idéia de que