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Anti-Pequeno Príncipe III

“O que torna o deserto belo, diz o principezinho, é que ele esconde um poço em algum lugar.” Ou você gosta do deserto ou não gosta. Ele é belo se o achar belo. Ele não precisa de ter poço para ser encantador. Se você está com sede e olha cheio de esperança para um deserto, você está louco. Procure o caminho mais próximo e saia dele. Se você ama o deserto, aprenda a lidar com ele, ou leve uma boa provisão de água. Agora, se você for autodestrutivo, vai fundo, fique imaginando que um deserto que esconde um poço é um charme... cedo ou tarde você morre de sede.

Anti-Pequeno Príncipe II

“Disse a flor para o pequeno príncipe: é preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas.” Tendo em vista as lagartas, posso dizer que as borboletas são superestimadas. As primeiras te comem vivo, as segundas tratam de voar rapidinho depois que saem do casulo. Belas de longe, feias de perto. Do ponto de vista da flor... melhor um saquinho na cabeça e inseticida pras lagartas. Quem ama o feio, belo lhe parece, mas continua sendo feio, e ser enganado por uma percepção ruim de estética, não me parece um bom registro de felicidade. Se importa ser feliz, é sem desculpas. Sem subterfúgios para uma vida desgraçada, sem enfeites notoriamente enfeites. Se a vida como é não te basta, não crie fantasias em torno dela, e nem as dissemine para os outros, passe a apreciá-la como é. Não suporte as lagartas por causa das borboletas, ame-as, conheça o seu valor. Uma lagarta é uma lagarta, e nem todas viram borboletas. Se uma vai te comer, saiba disso.

Anti-Pequeno Príncipe

“Se tu vens as quatro Desde as três eu sou feliz...” E se as quatro tu não chegas... Continuo feliz a te esperar até as cinco... Mas se tu não vens... Ansioso te espero até as seis... As seis e meia já estou triste, te esperando ainda As sete, arranco os cabelos e me pergunto: o que é que há? Tá pensando o que? As oito, jogado no chão, já sou desespero... As nove, quando tu chegas enfim... já não quero mais te ver. Não há expectativa de felicidade que o desprezo não destrua.

Que o Tempo seja bom com você!

Que o Tempo seja bom com você Que ao passar ele preserve sua alegria Que a saúde não lhe falte A constância seja o seu sorriso A perseverança amiga da sua fé... Que as horas sejam minutos, segundos E que todos se contem como pequenas eternidades... Que o Tempo seja bom com você Que ele preserve seus amigos, amores e a lembrança dos amores Que a sua infância seja a memória de todas as horas... Que seu sorriso seja o de uma criança eterna... Que sua história não se conte por passados Mas que seus futuros sejam sempre um presente novo Preserve, o Tempo, a sua doçura E que o brilho dos seus olhos jamais se apague... Nas trevas que ele lhe dê aguarde a luz, pois ela também virá... Que seus inimigos em amigos se transformem Que a sua luz brilhe cada vez mais... E que o cheiro das suas aspirações, Faça inveja ao perfume das flores! Que o Tempo seja bom com você! Que ele preserve seu corpo, As marcas no seu rosto sejam leves... As rugas... cicatrizes de sorrisos... E que a sobriedade não dispe

A Gripe Suína - A Boa Vida dos Galos Brasileiros!

Ontem me deleitei com uma saborosíssima reportagem da Rede Globo. Versava sobre a Gripe Suína, H1N1; seriedade do assunto à parte, sempre me chama atenção a ostensividade da mídia no Brasil. Lembro-me bastante bem do caso Isabela, com a eterna desculpa de desejarem informar, a TV brasileira nos bombardeou diuturnamente com as notícias mais importantes e menos importantes do caso. Eu, já sabendo o que a repetição insistente de um mesmo tema faz, já aguardava as conseqüências, pouco mais de um mês, mais duas ou três crianças foram jogadas de edifícios, desta vez sem o mesmo sucesso. Numa reportagem que foi colocada ao ar na parte da tarde, depois de semanas de incessantemente perturbarem a pobre da Isabela, alguém da Rede Globo resolveu fazer uma matéria numa creche, pois, pasmem, as crianças estavam assustadas. Pois, acreditem se quiser – não se sabe por que razão – uma parte delas começou a ficar insegura e com medo de que seus pais lhes dessem o mesmo fim. Mais de um m

Não, o Cristianismo NÃO é Romano!

No ano da graça de 1999 eu era Professor de “reforço” em um cursinho de Campinas, nesta função também era encarregado, junto de outros professores da área de história a corrigir e colocar on-line as respostas das questões dos vestibulares, antes mesmo das universidades para as quais o exame foi prestado pelos alunos. O texto abaixo surgiu do fato de uma das respostas elaboradas por mim para a questão típica dos vestibulares, “cite: as influências Romanas mais importantes para a cultura ocidental”, ter sido questionada quando coloquei entre as influências do Império Romano o Cristianismo. Um professor de Literatura, que estava em “alta” no cursinho questionou minha resposta, e estranhamente o seu douto saber sobre o assunto prevaleceu sobre o meu. Ele formado em Literatura e eu em História com ênfase em História das Religiões. Na época, como eu precisava muito do emprego, tive de engolir. Mas, minha indignação deu à luz um texto divertido e irônico que agora resolvi publicar. Nunca o en

Sobre Pizzas e cigarros!

Alguns podem até achar que resolvi infernizar a vida moderna, mas não. Acho que estou meio cansado de hipocrisia. Logo começará vigorar a lei “nada exagerada” que limita ainda mais a vida dos fumantes. Sim, fumantes, estes seres “desprezíveis”. Algumas décadas atrás Hollywood e a Tv nos venderam o hábito de fumar, não que precisasse, mas parecia charmoso ser fumante. Fumar conferia uma espécie de Status. Havia o jeito pessoal de se pegar no cigarro, a marca com a qual você se identificava, as propagandas de cigarro – belíssimas por sinal-, e os atores e atrizes que fumavam maravilhosamente nas telas. Bem, nada disso é desculpa ou funciona, quando se trata de fumantes. Pois quem o é, em geral é por “ansiedade”. Já viram um fumante que diz que fuma por esporte?! Não, quase todos fumam por que são altamente ansiosos. Além disso, eles fumam porque o cigarro está a venda. O governo incentivou e financiou a plantação de fumo no passado, e até hoje arrecada altíssimos imposto