I Quem foi que te ensinou a ser assim tão bela? Quem te disse que podias roubar toda a beleza para si? E com que soberba julgas ainda poder ser modesta? Com que ousadia humilha as outras com tua presença? Não te ensinaram a ser piedosa? Desconheces a misericórdia? Tudo o que as outras são e fazem... é pequeno... Um sorriso teu, um sorriso teu... e o tempo, envergonhado, foge... Olhos desviam-se à tua passagem... Poucos como eu suportam...ver-te face a face... Poucos... uns porque se julgam dignos de ti E eu porque preciso descrever o que eles não podem ver... II Não bastou que arrancasses o brilho do céu E o colocasse em teu olhar...e ainda Tu roubas o rubor e a doçura da ameixa madura e os põe em teus lábios?! Não se lamentam bastante os veludos não se compararem com tua pele? Precisava escarnecer de todos os tecidos? Diga-me, o que te fez o cetim, para merecer tamanho desprezo? Não precisava o mar ser humilhado pela umidade dos teus olhos... E diga-me quem agora irá mirar para os hor
Blog do Escritor, historiador e prof.Dr. em Multimeios Luiz Vadico. Destina-se à publicação de contos, poesias e assuntos diversos. O autor dedica-se atualmente a uma série de contos natalinos e a um romance.