Pular para o conteúdo principal

Postagens

Natal de um não Cristão

Este ano me sinto compelido a desejar Feliz Natal. E os que me conhecem mais proximamente vão me questionar “mas você não é cristão?!” . Bem... eu poderia responder “Nem Jesus” mas seria tolice. Jesus tinha seu nascimento comemorado em março no inicio do Cristianismo, não me lembro se 18 ou 20... uma data estranha assim. Dizem que ele era de Peixes (então acho que e eu ele não nos daríamos bem, heheheheh). Posteriormente mudaram a comemoração para 25 de Dezembro, dia dedicado ao Sol Invencível, nosso caro amigo o Deus Mitra, cujo grande poder era derrotar as trevas, santificando e renovando a vida. Um Deus de soldados, todos sabiam disso. Nas reflexões de um não Cristão cabem coisas estranhas, como imaginar, de boa vontade, e se fosse verdade? E se existisse um Filho de Deus e se este filho composto sabe-se lá de quantas galáxias siderais, este amálgama de sonhos de que se compõe o universo continuamente se formando, deformando, reformando, desconstruindo... e se ele olhasse toda a fa

Requiem - Número Um

Réquiem Opus 1 Requiem aeternam dona eis, Domine, et lux perpetua luceat eis. Meus olhos passeiam por essa larga necrópole, Procurando mortos-vivos... sombras...pios noturnos. Vou caminhando sobre ossos. Tíbias, perônios e crânios rompem-se aos meus pés, Tais quais cacos de porcelana, Louça fina e branca, enfiando-se na carne. O vento frio emoldura-me a face de mármore, Aumentando este silêncio que não incomoda, Enquanto acariciam-me os frios dedos da morte. Apenas túmulos. Túmulos sepultando verdade. E a verdade é carne. Apenas isto: carne. A carne dos sonhos, as fibras, os nervos e o sangue Forjando a realidade pesadelo. Piso mais uma sepultura, Apóio-me numa cruz, negra de ferrugem, consumindo-se... Fugindo... Fugindo dos homens que antes quisera salvar...dissolvendo-se... Abaixo de mim, a lado de mim, atrás de mim, em frente de mim... Cadáveres! Carne data vermes... Cadáveres! Rogo para Deus que descansem em paz, pela eternidade! Que os mortos repousem em merecida sonolência...pro

Contrato de Namoro

Prometo Ser o homem dos seus sonhos ... se você sonhar comigo Te ouvir. com o coração, antes de ouvir qualquer outra pessoa Concordar contigo se você tiver razão e ... se não tiver, discordar com carinho Cozinhar, se você comer e ... comer se você cozinhar Dividir as tarefas domésticas ou... a conta da faxineira Amar seu cachorro ... se você me amar mais do que a ele Partilhar meus pensamentos bons e maus, valorizando mais os primeiros Não ter apenas problemas e coisas chatas para partilhar Segurar a barra quando você não segurar, se você fizer o mesmo Segurar sua mão no avião... enquanto você segura a minha Sempre te fazer companhia no elevador, pra você não se sentir sozinho Ter o prazer que você puder me dar e ... te dar o prazer que você puder sentir Sorrir pra te deixar alegre Chorar pra te lembrar que sou humano Errar, com o desejo de acertar Te cobrir em noites frias, enquanto você dorme Fazer música ... se você ouvir Escrever poesias, se você se emocionar Ir a Parque de Diver

Gênese do Eu - O Beijo de Deus

O Beijo de Deus Da tua boca provém Toda poesia, Ela flui de ti para Mim, Que ébrio pela tua saliva Narro, entre chuviscos de cuspes, a tua suprema mágica, a de beijando-me, jamais me tocares. Oh, tu! Divindade nefasta! Que fecha para mim O teu único olho! Deixando-me em treva Íntima e verdadeira. Obrigando-me a guiar-me Pelo teu ósculo sorumbático. Estranha a minha sina, A de chover sobre os homens Restos de tua e minha saliva, Ao mesmo tempo sem saber Por onde ir. Se ainda tu fosses perfume, Se fosses luz, ruídos, Qualquer coisa que Uma direção indicasse... Mas, és boca, de doce saliva amarga, Que me inunda, inebria, E que com chuviscos de cuspes respinga sobre os homens. Que seres felizes, que não têm que tomar dos teus lábios a seiva que mantém vivo, que seres felizes... contentam-se com cuspes chuviscados... e a mim... a mim resta o beijo.... uma troca estranha que nunca se completa, porque tu não me tocas. Plenitude Se me perguntam por que uma árvore nasce... Eu não sei porque.