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Contrato de Namoro

Prometo Ser o homem dos seus sonhos ... se você sonhar comigo Te ouvir. com o coração, antes de ouvir qualquer outra pessoa Concordar contigo se você tiver razão e ... se não tiver, discordar com carinho Cozinhar, se você comer e ... comer se você cozinhar Dividir as tarefas domésticas ou... a conta da faxineira Amar seu cachorro ... se você me amar mais do que a ele Partilhar meus pensamentos bons e maus, valorizando mais os primeiros Não ter apenas problemas e coisas chatas para partilhar Segurar a barra quando você não segurar, se você fizer o mesmo Segurar sua mão no avião... enquanto você segura a minha Sempre te fazer companhia no elevador, pra você não se sentir sozinho Ter o prazer que você puder me dar e ... te dar o prazer que você puder sentir Sorrir pra te deixar alegre Chorar pra te lembrar que sou humano Errar, com o desejo de acertar Te cobrir em noites frias, enquanto você dorme Fazer música ... se você ouvir Escrever poesias, se você se emocionar Ir a Parque de Diver

Gênese do Eu - O Beijo de Deus

O Beijo de Deus Da tua boca provém Toda poesia, Ela flui de ti para Mim, Que ébrio pela tua saliva Narro, entre chuviscos de cuspes, a tua suprema mágica, a de beijando-me, jamais me tocares. Oh, tu! Divindade nefasta! Que fecha para mim O teu único olho! Deixando-me em treva Íntima e verdadeira. Obrigando-me a guiar-me Pelo teu ósculo sorumbático. Estranha a minha sina, A de chover sobre os homens Restos de tua e minha saliva, Ao mesmo tempo sem saber Por onde ir. Se ainda tu fosses perfume, Se fosses luz, ruídos, Qualquer coisa que Uma direção indicasse... Mas, és boca, de doce saliva amarga, Que me inunda, inebria, E que com chuviscos de cuspes respinga sobre os homens. Que seres felizes, que não têm que tomar dos teus lábios a seiva que mantém vivo, que seres felizes... contentam-se com cuspes chuviscados... e a mim... a mim resta o beijo.... uma troca estranha que nunca se completa, porque tu não me tocas. Plenitude Se me perguntam por que uma árvore nasce... Eu não sei porque.

Sina de Gigante

A Cama Quando me deito, dentro de mim, minhas pernas ficam pra fora meu tronco, meus braços, ficam pra fora... Minha cabeça à grande distância... Que destino! Ter no corpo uma cama Tão pequena. Sina de Gigante Isso é o que eu digo para o meu corpo: Levante-se! Isso é o que eu digo para mim! Mas quando todo eu me levanto, minha cabeça ultrapassa as nuvens E, não há ninguém para eu poder olhar nos olhos. Sina de gigante... Chá das Cinco Sento-me no chão Através da atmosfera olho as estrelas, Ainda distantes... À minha frente o Everest. Não resisto, E desejo tomar chá. Sirvo-me das águas quentes De um vulcão, Forro a montanha com meu lenço... Está pronta a mesa... São cinco da tarde e, Ninguém veio. Penso até ter visto alguns homens Tentando me alcançar... Morreram no caminho, ou Se desiludiram na escalada. É sina de gigante... Possuir todo o planeta, Gentil, vasto e manso, Mas não ter ninguém para o chá. Pisando Estrelas Toco o sol, E o pego com uma das mãos; Escondo-o em meu bolso e

A Dor da Solidão

Quando a dor me procurou Quando a dor me procurou, disse-lhe: Estou ocupado, deite-se ali! Ela deitou-se em minha cama e aguardou... Quando a solidão me procurou, disse-lhe: estou ocupado, deite-se ali! Ela deitou-se em minha cama e aguardou... Como eu tardava, as duas devassas entregaram-se...entregaram-se dias e noites sem fim... Quando enfim deixei meus afazeres... lá estava o seu fruto sobre o meu leito: a amargura. Não era minha filha, era filha delas, no entanto, foi gerada em minha cama... Quando invadido pela fome, saí em busca de alimento, eis que enfim chega o amor; e não me encontrando, deita-se com a amargura, e nela faz um filho: o desespero... Agora que ele habita a minha casa é inútil voltar. Os Cães Os cães dormem, dormem...dormem... Não adianta dizer-lhes que a alvorada se anuncia, nem tentá-los com alguma guloseima... Dormem...exaustos, Numa parte da noite latiram sem cessar, trocavam mensagens entre si... perturbavam o sono dos que lhes eram diferentes... Rosnavam p

Filípicas

Filípicas Este caderno de poesiasé em memória a uma juventude que conheci e se foi. As vezes a beleza e o encantamento habitam tão fortemente um corpo, uma pessoa, que sou obrigado a fazer poesias. Seja lá onde vc estiver...estas são as suas pegadas no meu caminho. Poema I Só quem amou... Prendeu o tempo com as mãos e, engoliu-o cobrindo-se de eterno e de desespero... Só quem amou... Encontrou paz no adverso... Soube escorrer pelo infinito como as águas de um rio e, no mesmo instante ser represa... e ser desejo... e ser frustração de desejos... Só quem amou... Sabe o que é contar estrelas com os cabelos... Andar do avesso e, odiar plenamente a liberdade Só quem amou ... Se fez pauta, música e instrumento... E ainda assim não foi ouvido e, não se perturbou... Quem faz os astros inatingíveis? Quem faz a noite escura? Quem faz úmida essa água? Quem faz eterno os pesadelos e os sonhos? Quem faz todo o mundo girar como se fosse um só? Quem faz todo o universo sangrar sem feridas? Quem