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Loreley dos Rochedos - Canção do último adeus

Todas as minhas inuteis frases, desfilando, como drags-queens, num palco recém-armado...e essa chuva, que de tão chuva o céu escurece, enfeitando o espetáculo com ares de tragédia... Se ao menos um travesti apresentadora, pudesse dizer qual o próximo número, se tempestade ou se - por caridade - dançassem todos uma dance-music... Mas, esta salvação siliconada neste instante não aparece... Tenho de ouvir toda a chuva que cai, e cai, e desaba sobre mim minhas soluções inúteis. Nem da prostituição sagrada este michê - de meu coração - escapa de cobrar pesada dádiva. É por amor que este espetáculo patético, traz à luz essas salvas de ilusão, salmodiando pôças d’agua, lama e solidão, quando terminada a farsa. Eu te espero, como quem guarda um segredo E reparte em mil gotas desesperadas de coração batendo, Todos estes achados de ingratas flores despedaçadas. Como quem tropeça e cai sorvendo medos nas escadas, Eu bebo essas gotas, mal disfarçadas de tuas fotos pardas e amareladas... E toda

Para O que É Próprio do Ser Inumano ou Memórias de uma fragmentação

Apresentação Antes dessa apresentação havia uma outra, que certamente o Delete cotidiano apagou, onde eu me desculpava continuamente por tentar fazer reflexões e ao mesmo tempo menosprezava a minha poesia. Ainda bem que se apagou. Não costumo sair por aí dizendo oque é certo ou errado, e seria uma grande tolice minha tentar escapar às críticas retirando dos leitores mais ácidos a sua principal arma: o dizerem que não faço poesia. Não desejo mais escapar de nenhuma crítica e nem ser sua vítima, no entanto, saibam que faço poesia. E faço não por que possuo a técnica mas sim por que a poesia me possui. E ela faz isto da mesma forma com todos os poetas, sejam bons ou mediocres, arrancando para fora de suas almas este grito de existência. E nesta surrealidade por onde navegamos, nos ensina a mascarar ou desmascarar a realidade encontrada, a humana realidade...Extrapolar essa condição, exatamente quando se volta para ela, é próprio do poeta. Muitas vezes desvelar máscaras não signi