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Os homens, afetos e desejo - A história não contada. Contexto e lugar de partida - I

O inferno angustiante do desejo Hoje quero refletir sobre um assunto do qual eu deveria saber muito, mas confesso que quanto mais aprendo, menos sei e muito menos acredito. E infelizmente não estou sendo modesto e nem socrático. Quero abordar o tema a partir do ponto de vista de alguém que viveu em outra época e que nela tinha medos, necessidades e expectativas e principalmente, tinha um futuro pela frente com o qual sonhava, mas não sabia o que seria deste tempo. Assim que eu disser a palavra, as pessoas irão abandonar a leitura, imaginando que “lá vem mais um falar do mesmo...” Confie em mim e apenas continue lendo, hoje irei falar sobre as necessidades, emoções, expectativas, vitorias e frustrações dos homens que gostam de homens.   Se não usei o termo socialmente aceito é porque de alguma forma ele está carregado de ideias e informações nem sempre corretas ou interessantes. Pode ser que eu o use mais tarde, mas por ora não.             Acredito que neste texto falo, sobretudo,

Deus - I O Devorador

  Deus me seduzindo            Esse não é um texto para relembrar o passado, mas uma tentativa de descrever o que não pode ser descrito.  Vou meter-me a falar do que não sei. Talvez seja exatamente assim, conhecemos muito e desconhecemos muito mais aquilo que realmente é importante. É como mãe, amamos muito mas às vezes nos damos conta do quão pouco a conhecemos. Entretanto, Deus, como o conheço, foi definido magistralmente pelo poeta indiano Rabindranath Tagore: “Sou um poeta e meu Deus só pode ser um Deus de poetas”. Então, só quem vive profundamente o ser poeta consegue traduzir em si o que isto significa.             Por aproximação tentarei dizer um pouco sobre isso. Uma definição destas não aparece em nosso coração na infância ou na puberdade, surge apenas quando ocorre um amadurecimento íntimo, que não tem idade para ocorrer. Podemos ter uma epifania em algum momento, mas ela só se consolida ao longo do tempo através de outros momentos assim. É como um “dejavu” não tem importâ

Por que Leonardo? Ou A Mona Lisa é feia. “Libélulo” contra a moscamortice cultural.

              Estou na fase de muitos incômodos. Deve ser falta de ter o que fazer. Mas já se perguntaram por que Leonardo da Vinci é citado tantas e tantas vezes? É difícil passar uma semana sem que seja lembrado de alguma forma em algum lugar. Outro que nem pediu tanto, foi Einstein. Como falam do coitado. Faz uns quinze anos que a bola da vez virou o Tesla, antes ninguém tinha ouvido falar dele (ou se ouviu não prestou atenção). Hannah Arendt era apenas conhecida no reduto sagrado, agora é a própria “banalidade do mal”. Ás vezes eu gostaria de saber quem é que escolhe as pessoas que irão virar “popstar”, ou como adoram vomitar por aí: ícones da cultura*. O mais interessante é que quem escreve os artigos parece nunca se perguntar o porquê de os estar escrevendo afinal. Quando querem mudar de assunto desenterram algum artista importante que eles mesmos ignoravam. Tudo muito reducionista. Qualquer macaco hoje, antes de comer uma banana, aponta um quadro de VanGogh. Só Van Gogh! Afina