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Mostrando postagens de 2015

Noite Escura no Programa Leituras da TV Senado

  Enfim, saiu minha entrevista sobre o livro Noite Escura para o Programa Leituras da TV Senado, espero que gostem. Fui tratado com muito respeito.        

A fumaça me persegue!!

A fumaça me persegue! Há pouco mais de um ano me mudei de Moema para o Bom Retiro. Devia ter feito isso a mais tempo, pois naquele bairro sofria com problemas respiratórios constantes. A culpa? Fumaça. Fumaça de fornos à lenha espalhados indiscriminadamente no bairro, e que não estavam lá 9 anos atrás. Eu tinha fortes crises de tosse e a sinusite era minha melhor amiga, às vezes tinha de sair de casa para ir ao shopping, pois lá tem ar condicionado.. Cansado e resolvido a encontrar um ar melhor acabei no Bom Retiro, não sem antes frequentar o bairro quase um ano. Sim o ar era bem melhor do que de Moema. No entanto, as coisas foram mudando por aqui. Primeiro os bares   - aqui tem um em cada esquina – começaram um a um a colocarem uma churrasqueirinha na porta. E claro, devido ao sucesso essas maquininhas de fazer fumaça passaram a ser usadas de manhã e no fim da tarde. Também passou a ocorrer um cheiro constante de lenha queimada, ou de “queimada” mesmo; não consigo identifica

Noite Escura parte II - A Vingança da Deusa

Para aqueles que me perguntam como nascem meus livros, minhas estórias, é assim: uma imagem, um diálogo, que vem do nada e se constitui em alguma coisa, e depois um mundo inteiro se forma. Nova aventura dos rapazes de “Noite Escura”? Vamos ver...   “A vingança da Deusa”               Preâmbulo     “Caralho, Victorinus!!” gritei “Põe força nesses remos homem! O barco vai bater nas rochas!!” O mar rugia bravio nos carregando, ondas e mais ondas imensas substituindo umas às outras, nosso barco frágil como uma casa de noz, o fim parecia próximo. “Pára de falar Sertórius e rema!” – mandou Macárius, pedindo pra eu economizar o folego. Impacientava-me com meu amigo mais velho, pois precisávamos de toda força possível. É difícil não poder contar com o melhor dele, pois está fatigado e não rende mais como antes. Então, em alguns momentos perco a paciência. É injusto eu sei. Mas é o medo. Não dava para não ficar em pânico. As ondas jogavam o barco por entre as pedras, e

Eu posso

            “Uma barata!!” Constatou ao ver a criatura. Ela estava empoleirada na sua toalha de banho, sempre dependurada de forma impecável. As pontas colocadas juntas, iguais. O banheiro todo rescendendo ordem, limpeza e organização. Mas ali, diante dele estava um dos seres mais asquerosos da natureza. De asas entreabertas, antenas perscrutando o ar, uma caçadora aérea. Aquele tipo que ataca com voos rasantes quem está próximo.   Antônio ficou tentado a agir como em outros tempos, dar-lhe uma chinelada e esmaga-la no chão. No entanto, se lembrou que agora estava em seu apartamento novo – que era velho –, e que havia comprado um inseticida para não mais fazer o trabalho sujo. Fechou cuidadosamente a porta do banheiro, pois não queria assustar a predadora, e foi em busca do veneno. Veneno, lata preta, com pequenos símbolos de morte desenhados, caveira para avisar os humanos e retratos de insetos mortos para alertar suas vítimas. Armado com a mais nova tecnologia de eliminaç