Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de dezembro, 2013

Conto de Natal

                  Era noite, noite silenciosa , e ela estava escura e fria. Um vento gelado batia pelas faces dos transeuntes. Garoava. A chuva fina molhava o asfalto que, brilhante e negro, refletia como um espelho as luzes dos enfeites de Natal. Brilhavam os vermelhos e verdes de semáforos, faróis amarelos dos carros, luzes azuis das lampadinhas, brilhos encantadores e sombrios. As pessoas caminhavam agitadas e com pressa pela estranhamente iluminada, e escura, avenida de São Paulo, a mais conhecida, a mais querida. Uns escondiam-se sob guarda-chuvas, outros enfrentavam a triste garoa desabridamente. Algumas pessoas paravam diante dos enfeites natalinos para tirarem fotografias entre risos alegres e banais. A garoa não importava tanto, ela apenas emprestava mais reflexos, mais luz e um ar triste e melancólico àquela noite.                 Em contraste, as ruas paralelas pareciam ficar ainda mais escuras. E, se parecia seguro passear pela grande avenida, caminhava-se um pouc