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Mostrando postagens de 2012

Promessas de Ano Novo!

Repita comigo: Eu não irei sonhar sonhos novos, irei realizá-los. Tomarei a primeira atitude que me fará uma pessoa diferente, Não temerei os medos de sempre, buscarei novos medos... Não chafurdarei nos velhos problemas, criarei novos! Não resolverei as coisas insolúveis...E nem me sentirei culpado. Farei o sol brilhar todos os dias, mesmo em dias de chuva! Eu irei chorar, mas não por que não tenha querido sorrir E sorrirei, mesmo que tenha chorado... Passarei os dias do novo ano construindo outra coisa Não brigarei comigo, e com o mundo, apenas para querer algo melhor, Desejarei “outra coisa”, Algo que crie em mim um novo eu, um eu mais realizador Mais potente, mais atraente, e enfim... Um eu do qual a felicidade corra atrás. Serei útil onde puder sê-lo, seja para quem for, com quem for, por onde for... Mas não me desgastarei por inutilidades... Este novo ano não o farei diferente, eu me farei diferente... E por que serei diferente, um novo homem s

Troquemos de Revista. Um grande NÃO para a Veja

Na coluna Leitor, da Revista Veja, desta semana, surgiram vários e-mails comentando ou protestando contra a matéria de J. R. Guzzo ("Parada Gay, Cabra e Espinafre") que circulou pelo Facebook através de uma onda de indignação. Depois dos vários e-mails dos leitores a Veja publicou a seguinte nota: “Nota da Redação: Veja lamenta que o artigo em questão tenha sido interpretado por alguns leitores de uma maneira que não coincide com as intenções do autor e da revista.” Sou a favor da liberdade de expressão. Então, até ler o artigo me calei. Lendo, fiquei de queixo caído como todos os que sabem como é viver a condição homossexual. Em meio a argumentos aceitáveis e a outros nada cabíveis, J. R. Guzzo deu sim vazão a uma enormidade de preconceitos.   A matéria em alguns momentos possui tom francamente ofensivo.   Sempre fui daqueles que lutaram pelos direitos gays, mas jamais fui pela “afirmação pela diferença”, que é um dos fios argumentativos daquele autor. Não acred

Escritores Brasileiros, internet e o preço para se publicar

No texto publicado anteriormente falávamos da visibilidade necessária do Escritor Brasileiro. E alguns dirão: “Ah, mas hoje com a internet...” Sim, Pelo que sei, os jovens escritores brasileiros estão se esforçando muito para ocupar a net. Em busca de visibilidade, no entanto, passaram a imitar – claro que sem as mesmas chances – o que alguns fizeram fora do Brasil. Existem sites e portais que se especializaram em hospedar literatura, contos, crônicas e poesias. O escritor coloca lá, ele emais vinte mil pessoas, é indexado. Para que serve? Para o site vender publicidade, pois vinte mil pessoas já acessam aquele lugar. Muitos escritores – para divulgarem as suas obras – dão cursos de como escrever livros. Criam Blogs, se esforçam para fazer tardes de autógrafos e escrevem quase todos os dias frases de marketing pessoal sem o menor sentido. Anunciam as suas supostas palestras – que serão gratuitas ou mal pagas – e cursos de “como escrever bem” ou “como virar escritor”. Já vi esc

O Escritor Brasileiro e a Visibilidade

            O Escritor Brasileiro não está em crise, pois para estar em crise é preciso existir. E, na contemporaneidade, só existe quem tem visibilidade, logo o escritor brasileiro não existe. A afirmação pode parecer radical, pois todos conseguem citar uma infinidade de escritores brasileiros, vejamos Paulo Coelho, Machado de Assis, Clarice Lispector, Caio Fernando Abreu, e... e... Lya Luft?! (não vale, essa tem propaganda da Veja). Acho que até se forçarmos um pouquinho a memória conseguimos nos lembrar de José de Alencar, forçando mais sai um Graciliano Ramos e quem sabe até -   como é o nome daquele de “Grande Sertão Veredas”? - Ah!! Lembrei mais um: Jorge Amado. Ufa! É, os clássicos não vale, a gente aprende na escola. Essa é a visibilidade mais garantida.             Com exceção de Caio Fernando Abreu, sem tirar nenhum mérito dos escritores citados, todos morreram faz tempo, ou ainda não foram informados que morreram. Estes contam com apoio incondicional da mídia. E, p

Narradores de si

Gosto da distinção entre autor e narrador.   A pessoa que escreve não é o narrador, o escritor alinhava um conjunto de técnicas e estabelece a narração e o narrador. A pessoa do escritor não é o narrador.   Quanto mais tempo fico na internet e nas redes sociais, mais concordo com esta definição. Vejo narradores todos os dias. Mesmo aqueles que não têm consciência deste processo estabelecem narradores, e por sua vez personagens. Muitos de nós entramos numa rede social, ávidos por pessoas e encontramos narradores. Narradores de si. Construindo personagens, ilustrando-as, glamurizando-as ou se detratando em público.   Seres discursivos, um texto, um discurso para cada ocasião. E, como escritor, confesso que nunca vi tanta gente àvida por leitores. E os discursos se constroem com partes do cotidiano, ou melhor, da interpretação do cotidiano, e há aqueles que introduzem neles o merchandising, se localizam nos lugares, fotografam os pratos, os parques, os papos... Em meu cotidia

Uma memória de nós homens

Geografia               Por alguma razão estranha Deus me fez um errante. Desde o dia em que praticamente não nasci até o presente, andar, mudar de cidades, mudar dentro da mesma cidade, tem sido o que tenho feito. Não desejo imitar um historiador e falar todas as coisas desde o princípio. Sei como se faz isso, mas o tempo no interior de cada um de nós não me parece linear. Então direi das coisas e dos lugares conforme me aparecem. Vou buscar o sentido de cada um deles e sua lembrança de acordo com o que fizeram por mim.             Em 1979, em torno de três horas da tarde, havia um céu extremamente azul... nuvens brancas e ao mesmo tempo pesadas, parecendo blocos de pedra passeavam pelo   infinito.   Eu não tinha doze anos ainda, e meu olhar se perdia esquecendo-se da terra... buscando refúgio entre as nuvens. Não havia quase vento apenas uma brisa que de tão leve assim mal poderia ser chamada... Eu morava numa região próxima à estrada de ferro, antiga FEPASA. É este céu ma

Memória Impura e a Padaria

Em nosso dia-a-dia todos vivemos experiências fascinantes e inesperadas. Poucos anos após chegar em São Paulo eu estava padecendo de uma solidão crônica, mal adaptado. Tão carente de amigos e pessoas estava que, um belo dia, indo à padaria da esquina de casa, um senhor que lá trabalha no balcão me atendeu com tanta cordialidade, carinho e atenção que não resisti, lá voltei para tomar o café no dia seguinte... (ô carência...) Aos poucos fui, dada a frequência de minhas visitas à padaria, conhecendo todos os atendentes e acabou surgindo uma gostosa intimidade, que notei, é típica destes funcionários com todos os frequentadores. Cada um deles com uma deliciosa personalidade. Logo perceberam um pouco das minhas manias, entre elas a de sempre pedir “Misto Quente” com mais queijo, já faz vários anos que chego lá e soltam o grito para a cozinha: “Solta o Misto Quente do Luiz!” Com o progressivo aumento da amizade, um dia eles acabaram sabendo que sou escritor, e mostraram interesse

Memória Impura e a leitura de Janete Palma

Neste processo altamente moderno de trocas entre autores e leitores via internet adoráveis surpresas têm ocorrido. Tenho recebido várias mensagens de pessoas que estão gostando do livro e que fazem alguns comentários. Não seria de bom tom publicá-los todos sem pedir autorização, coisa que farei em outro momento. Mas, estou juntando o carinho destes amigos mais antigos e destes novos que “Memória Impura” está me propiciando. Após o lançamento do livro, num belo dia Janete Palma, uma amiga recente, mas já querida, enviou-me via Facebook uma frase que ela havia gostado do primeiro conto. Achei curioso. Com o passar do tempo ela enviou mais uma, e outra e outra. Fui notando que não eram apenas frases que ela gostava, Janete possui um talento especial para encontrar no texto de cada um dos contos uma frase que ela gosta e, ao mesmo tempo, pareça resumir o sentimento que guia a estória. Como eu tenho muita dificuldade para resumir e concentrar idéias, fiquei espantado com a sua bo

Um mês de Lançamento de "Memória Impura"

Hoje fez um mês que "Memória Impura" foi lançado na Cavalera da Oscar Freire. O tempo passa muito rápido. Não sei como vão as vendas... poderia mentir. Mas, de que isso vale? Nem tentei saber, honestamente, pois a editora Novo Século conta com mais de 80 autores, imagine se todos eles ficarem pedindo informações sobre as vendas..ainda mais após um mês do lançamento?! Rs. Óbvio. Mas o que se,i e é bom, é que as pessoas estão lendo.  Claro que sendo um escritor ansioso adoraria que todos tivessem terminado rs, mas cada um tem seu rítmo. Confesso que tem sido muito prazeroso encontrar as pessoas em meu cotidiano e que vêm me contar sobre o que estão achando, qual dos contos é o seu predileto... aqueles que não são tão prediletos assim; e já até se arriscaram a me localizar em algum movimento literário, hehhee. Acho que isso não há dinheiro no mundo que pague: ser lido, depois partilhar. Ás vezes eu fico desejoso que as pessoas compartilhem a sua opinião pelo Facebook, afinal fi

Fotos do lançamento de Memória Impura

       Amigos (as), segue o link para as fotos do lançamento do livro Memória Impura, que ocorreu na Cavalera Oscar Freire. Depois colocaremos mais no site. A todos (as) muito obrigado, o evento foi lindo, as pessoas foram generosas e queridas. http://www.facebook.com/luizvadicoescritor?ref=hl#!/media/set/?set=a.263273903789820.59747.171816566268888&type=3

O Nome e a Coragem

        Agora que vários amigos têm em mãos o livro "Memória Impura" gostaria de fazer de público um agradecimento. Não é segredo para ninguém que dedicar-se à escrita no Brasil é algo muito difícil... Primeiramente, o próprio exercício da escrita -sempre podemos melhorar -, depois, acreditar que se está fazendo algo. Pode parecer incrível, mas nesta hora é muito bom receber a benção de alguém mais velho que trilhou antes o caminho. Neste sentido a primeira pessoa a me animar neste processo, há mais de dez anos, foi o escritor Ignácio de Loyola Brandão, ele me disse: "Você é muito corajoso, rapaz, e você é um escritor". Não precisou dizer mais.        Estas pessoas que hoje são reconhecidas como escritores e escritoras brasileiros, cujo nome citamos sempre que gostamos de algo, tiveram um longo caminho. Deus sabe os sacrifícios que fizeram, as suas dores, as suas alegrias, seus tormentos literários, seus "tormentos ocasionais". Eles possuem - nã

Memória Impura Lançado! Obrigado!

Ontem foi o lançamento oficial de "Memória Impura". Em primeiro lugar quero agradecer o apoio de todos (as) os (as) amigos (as), muito obrigado, não tenho realmente palavras e frases suficientes para agradecer tanto carinho. Antes mesmo de agradecer os que foram, quero agradecer a todos, todos mesmo, pelo apoio, pela energia positiva que enviaram. Pelas mensagens, até pelas justificativas, rs. Aos ... que foram, puxa... sem vocês não haveria todo aquele sucesso... o que dizer?! Gastei o dia colocando as emoções no lugar... Os que desejaram e não puderam ir, puxa... como contar como foi? Sou suspeito rs. Mas, vamos dizer o seguinte... em torno das 17 horas me sentei para autografar o primeiro livro... e só me levantei exatamente as 21 horas... foi tanta gente querida que a Cavalera fechou uma hora e meia mais tarde... Adoraria descrever tudo o que aconteceu rs, os papos... os sorrisos, as piadas, as paqueras... Mas eu estava sentadinho diante de uma fila amorosa de amigos

Coquetel na Cavalera Oscar Freire

FreireHoje também estava conversando com minha querida amiga Cris Maccarone sobre o que servir aos convidados na Festa da Cavalera! A Cris é especializada em Gastronomia, dela podemos esperar apenas o que ela faz... perfeição, beleza, equilíbrio e uma comida altamente sedutora. Este coquetel promete rs. Um livro para encher os olhos e o espírito, e deliciosos petiscos para satisfazer nossos desejos inconfessáveis... No lançamento do livro na Cavalera Oscar Freire, Baco estará presente, será um momento de generosidade, partilha e alegria, desarmem-se.

Notícias do novo livro

Hoje a Editora Novo Século me enviou o livro "Memória Impura" o formato final... A capa está qualquer coisa... as imagens nos lugares, coloridas...lindas... até o marcador de páginas está fabuloso. Jamais pensei que iria ficar tão belo. Desculpem estar como um pai lambendo a cria. rs. Infelizmente ainda não posso divulgar o "estado da arte", mas para muito em breve vamos poder ver Memória Impura realizado num objeto livro. Sabem, o mais engraçado foi verficar a data na qual o arquivo foi finalizado: 12 de junho de 2012, rs. no mesmo dia do meu niver. Parece brincadeira rs.

Agrigentum

É fome o que eu tenho. Olho em volta e tudo está seco. As árvores morreram aos poucos... até o mato está seco, nada nos resta para comer. Primeiro abatemos as cabras e bodes, os porcos se foram muito antes disso tudo, enfim, chegou a vez das vacas, todas foram sacrificadas, uma por uma, aos deuses e à fome. Deixamos apenas uma para dar leite para as crianças. Aos poucos também as crianças foram morrendo, agora restam algumas. Não há muita reflexão na fome e nem na sede. A água é pouca e escassa, pode ser que logo não tenhamos nem este pouco. Enfim, chegamos ao desespero. Sei que algumas pessoas estão comendo os cadáveres, mas ainda não cheguei a isso. Deve haver um pouco de dignidade na morte, mesmo que esta seja de fome e sede. Na décima Legião, parecia uma boa idéia quando fomos enfim desmobilizados. “Vocês se fixarão em um nova colônia” nos informou o centurião Vitrúrius. Após tantos anos de serviço no exército de Roma, chegara o momento onde nós poderíamos ter descanso e viv

Carta dos 18 anos

Toda sociedade possui marcos e ritos de passagem para a vida adulta. Há tribos que submetem seus rapazes a picadas de abelhas, há outras que os submetem a provas físicas e morais, e outras onde estas provas de passagem desapareceram. Numa coisa todas concordam: chega um momento da vida de um ser humano onde aqueles que o precederam na jornada terrena, devem passar a considerá-lo como um igual. Não importa o quanto alguns resistam, a realidade é inevitável. Bem vindo à igualdade. De hoje em diante você é igual em direitos e deveres a todos os homens e mulheres. Agora podem lhe chamar de "senhor" se assim o desejarem e se você não dispensar o tratamento cerimonioso. Agora você é igual a um velho de oitenta anos, igual a um de cinquenta, igual a um de trinta, igual a um de vinte. Bem...nem tão igual assim... Nossa sociedade escolheu há muito tempo que chegado à idade de 18 anos você seria considerado um homem, um homem adulto. E, daqui para adiante você será livre para