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Mostrando postagens de junho, 2007

A Estória do Pólo Preto Parte 4

Quatro quarteirões de tremedeira depois... Na Citröen tudo estava ótimo, o vendedor que não desgrudava do celular não desgrudou. Me olhou de longe com aquela cara de quem não queria gastar seu precioso tempo com um cara que não iria comprar um carro. Rapidamente, um daqueles vendedores novatos felizes em mostrar serviço veio me atender. Todo solícito. Quase me pegou pela mão. Perguntou o que eu desejava e pela primeira vez eu tinha uma resposta certa para a pergunta: “gostaria de fazer um test drive naquele Pólo Preto” disse apontando o simpático carrinho. Agora ele já era simpático. O rapaz pegou a chave e estranhamente me perguntou: “Quer que eu dirija ou você dirige?” Jamais pensei que havia a possibilidade de que um test drive fosse feito por outra pessoa. Aí aproveitei sua cordialidade e contei que não tinha muita prática. Com um sorriso que ia de uma orelha à outra ele respondeu que estava tudo bem. Entramos no Pólo. Deu a partida e saiu todo faceiro. Foi me dizendo

A Estória do Pólo Preto Parte 3

Nem precisei entrar na Citröen. Os semi-novos estavam todos expostos do lado de fora. Chuva e sol. Quem se importa com eles afinal? Bem... De imediato não veio nenhum vendedor me atender. Ate aí...fiquei feliz. Pois teria tempo de pensar e não seria pego de surpresa. Eu já havia decidido que poderia comprar um Peugeot 206. Sim! Retornei ao plano original. Quando enfim, bati os olhos num peugeotizinho preto, um vendedor magro e excessivamente ocupado ao celular. Abriu o carro e deixou com que eu me virasse a vontade. Sem largar do celular num só instante. Entrei no carro. Liguei. Senti que o motor fazia um barulhinho bom. Desliguei. Fazer test drive?! Nem pensar. Afinal, eu iria pagar o maior mico se tentasse. Eu tinha acabado de fazer dez aulas numa auto escola especializada em motoristas que não dirigem. Estes motoristas que têm pânico de dirigir não obstante o fato de terem tirado carteira de habilitação. Eu fiz o curso rápido, por que achava que minha falta de vontade em comprar u

A Estória do Pólo Preto Parte 2

Cansado de tanta teoria, resolvi colocar mãos à obra. Iria até as concessionárias e revendedoras autorizadas, garagens, etc. Eis que surge um primeiro problema. São Paulo é uma cidade imensa, como eu poderia verificar as ofertas quase infinitas dos jornais?! Como poderia estando em Moema chegar na Zona Lesta? E aqueles carros maravilhosos que estavam em Guarulhos?! Eu não tinha carro...como poderia ir? Logo começou a novela. Pedia pra um amigo que me levasse e ele prometia que em alguns dias ele poderia ir. Pedia a outro e ele me dizia a mesma coisa. Enfim...quem tem carro não compreende o problema de quem não tem. Basta olharmos as estatísticas dos atropelamentos. Decidi ir caminhando mesmo até a concessionária mais próxima. Afinal depois de tanto ler e pensar sobre carros eu já tinha uma certeza. Uma grande certeza! E isto deveria bastar. Eu não iria poder comprar um carro novo, então ele teria de ter algo que eu gostasse. Algo que me atraísse. Foi nessa disposição de es

A estória do Polo Preto Parte I

Bem..esta será uma longa estória. A começar por saber se é estória com “h” ou com “e” nunca me conformei com a queda da distinção. História com “H” maiúsculo todo mundo estuda na escola e coletivamente passamos por ela ou..ela passa por nós..vai se saber?! Estória com “e” minúsculo mesmo é aquilo que não é tão importante, que às vezes é lorota mesmo, mas que serve também pra contar nossos causos cotidianos. Então esta é a estória da compra do meu primeiro carro. Depois de muitos anos resolvi comprar um carro. Muitos anos...este tempo todo se deve ao fato de eu ter tirado minha carteira de motorista aos 19, mas, como todo bom filho que se preze saí de casa, logo não pude dirigir o carro da mamãe. Engraçado que eu também não queria ter carro naquela época e nem me incomodava, pois eu acreditava que as pessoas não precisavam de carro pra quase nada, que devíamos andar de ônibus, que o planeta estava em perigo e que eu devia fazer a minha parte. Claro que naquela época ainda ha